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Pesquisa aponta que a cada 10 imóveis comercializados no País, 6 estão prontos. É preciso tomar alguns cuidados na hora de fazer este tipo de aquisição, especialista explica qual é o passo-a-passo
Cristiana Soares
12 de janeiro de 2024
Dados da pesquisa Raio-X do Instituto FipeZap mostram que, em 2023, em média 60% das pessoas que adquiriram imóveis no país optaram pelos prontos (ou usados). Em Goiás, as operações de revenda intermediadas pelo Grupo URBS, maior imobiliária do Centro-Oeste entre janeiro e outubro deste ano, tiveram um aumento de 6%, no comparativo com o ano de 2022, correspondendo a praticamente 50% de todas as vendas de 2023.
De acordo com Pedro Teixeira, especialista em mercado imobiliário e sócio-diretor da URBS Alphamall e Imobi, unidade da URBS especializada na revenda de imóveis de alto padrão, a aquisição de usados vem sendo uma opção especialmente quando a família tem urgência para se mudar. “Neste caso, o comprador precisa ter um valor de entrada maior porque os bancos não financiam 100% do bem”, lembra
Lembrando que a ‘pressa é inimiga da perfeição’, depois que encontrar o lugar ideal, quem está a procura de um imóvel pronto não pode deixar de ter a calma necessária para analisar detalhes relacionados à documentação e à manutenção antes de assinar a proposta. O especialista deixa três passos importantes para serem checados.
1 - Verifique se há dívidas vinculadas o imóvel - Pedro explica que o comprador deve verificar se não faz parte de algum inventário de herança, se o imóvel não é alvo de alguma penhora, se tem dívidas relacionadas a IPTU ou taxa de condomínio, se está com financiamento totalmente quitado”, orienta o especialista. Estas informações podem ser encontradas no cartório de registro de imóveis, em órgãos da prefeitura e por meio de certidões emitidas pelo fórum. No caso de a negociação ser conduzida por uma imobiliária, a empresa providencia estes documentos com o vendedor do imóvel.
2 - Verifique se o proprietário pode vender o imóvel - A situação do proprietário que está vendendo o imóvel também deve ser averiguada. Isso porque, segundo explica Pedro Teixeira, o imóvel pode até estar com sua documentação toda correta, mas se o proprietário for réu em alguns tipos de ações judiciais, o imóvel pode ser penhorado para saldar a dívida. “A minha dica para o comprador é procurar um profissional da área, um corretor de imóveis, para que ele ajude nessa análise”, alerta o especialista.
3 - Cheque o estado de conservação do imóvel - Esse é um aspecto que parece óbvio na hora em que se está comprando um imóvel usado mas, muitas vezes, o entusiasmo do comprador pode levá-lo a negligenciar a verificação de detalhes que irão dar muita dor de cabeça no futuro. “É de suma importância que o cliente visite o imóvel e observe seu estado de conservação, pois é natural que imóveis usados apresentem problemas estruturais como um vazamento, uma infiltração na parede e outros”, recomenda Pedro.
4 - Pesquise a vizinhança - Antes de fazer a proposta, pesquise a região para saber se ela é um vetor de crescimento, o que vai atrair benfeitorias e valorização para o imóvel, e se a vizinhança atende suas necessidades, o que vai lhe proporcionar bem-estar. “Avalie o comércio, serviços, distância do trabalho, se tem muitas indústrias, bares, segurança…”, enumera. Outra dica é visitar o endereço em vários horários diferentes do dia e também dirigir para o local em horário de rush.
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