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A segurança dentro do conceito smart cities e smart villages

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A iniciativa privada, em especial as empresas de urbanismo, loteadoras e  construtoras, começam a perceber que esse é o presente do futuro, com bairros abertos planejados e que começam pela segurança tecnológica

Adalberto Santos

24 de setembro de 2020

O mundo tem sofrido transformações numa velocidade impressionante. Muitas vezes o tempo do verbo futuro e presente se confundem facilmente, pois o que supostamente se imaginava ser futurista ou utopia, em alguns meses se transforma em realidade. Como não poderia ser diferente, as smart cities (cidades inteligentes) ou smart villages (vilas ou bairros inteligentes) já começam a dar seus  primeiros passos para fazer parte do nosso cotidiano.

A sociedade em geral está embasada em algumas necessidades básicas de sobrevivência. Saúde, educação, locomoção e obviamente a segurança são alguns desses pilares, assim, não poderiam estar fora dessa nova estrutura que vem se desenhando.

Inúmeras instituições renomadas no Brasil vêm se debruçando intensamente nesse tema, tais como a Unicamp, Bright Cities, e mesmo nós da Sigmacon. E por se tratar de um tema importante, o BNDS vem investindo nesse sentido.

A iniciativa privada, e nesse caso em especial as empresas de urbanismo, loteadoras e  construtoras, começam a perceber que esse é o presente do futuro, com bairros abertos planejados e que começam pela segurança, obviamente; pois é um tema que além de ser indiscutivelmente um fator crítico para o  sucesso dessa empreitada, diferencia e agrega valor ao produto.

A tecnologia, a IOT (internet das coisas), é o grande diferencial nesse sentido, contudo não se inicia a construção de uma casa pelo telhado, e sim pelo alicerce. E nesse sentido é de fundamental importância o planejamento dessa segurança, buscar parcerias com o poder público, criar uma base jurídica para a constituição dessa comunidade, dentre tantos outros afazeres, antes de se chegar à solução final.

Para sairmos da teoria e irmos para fatos concretos e reais, a Perplan urbanizadora, empresa de Ribeirão Preto no Estado de São Paulo, tomou a iniciativa de ousar nesse sentido e lançou um bairro aberto batizado de Villas do Mirante, em uma região periférica da cidade com alguns desses ingredientes. O resultado? Simplesmente foi a venda de 100% das unidades no dia do lançamento, deixando ainda muita gente numa lista de espera, mas infelizmente os lotes haviam se esgotado. Lembrando o momento econômico que estamos vivendo, podemos dizer que é um verdadeiro case de sucesso. Obviamente ainda existem desafios a serem superados, mas com vontade política e empenho das partes, isso não será empecilho.

Levar segurança e iniciar um processo de smart villages em locais periféricos não é só ousadia, mas acima de tudo respeito pelo cliente e pela sociedade. O poder público tem instalado câmeras de segurança nas regiões centrais; obviamente pela falta de capacidade financeira e logística de ampliar o espectro geográfico, mas quando a junção da iniciativa privada e o setor público se unem, a chance de nascerem inúmeras smart villages, fazendo com que as cidades se tornem verdadeiras smart cities, começa a ser viável.

Outras iniciativas estão nascendo no Brasil, por exemplo em Juiz de Fora, mas essa história contaremos num futuro próximo, tão próximo que é quase o presente.   

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos."

Eleanor Roosevelt

 

* Adalberto Santos é especialista em segurança e diretor superintendente da Sigmacon. É consultor, palestrante, analista em segurança empresarial e criminal. Possui pós-graduação de processos empresariais em qualidade, MBA em administração e diversos títulos internacionais na área de segurança.

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Adalberto Santos, especialista em segurança - Foto: divulgação

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