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O novo centro logístico tem como objetivo atender a demanda por serviços, não apenas voltados para voos executivos, mas manutenção de aeronaves formando uma cadeia produtiva completa voltada para o setor e impulsionando a economia local
Lorena Lázaro - Comunicação Sem Fronteiras
14 de agosto de 2020
O projeto final e o cronograma do Antares Polo Aeronáutico foi apresentado para o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, nesta quarta-feira, 12 de agosto, no Paço Municipal. A data marcou também o lançamento do início das obras de pavimentação do eixo Leste-Oeste 04 que dará acesso ao novo centro de serviços de aviação e também ao Campus da Universidade Federal de Goiás (UFG), ligando ambos à BR 153.
O Eixo 04 é a primeira obra iniciada dos cinco Eixos Viários Estruturantes Leste-Oeste que integram o Programa de Reestruturação Viária da Bacia do Ribeirão Santo Antônio, com custo de mais de 35 milhões de dólares por meio de financiamento junto a Corporação Andina de Fomento. Não por acaso, a apresentação do Antares Polo Aeronáutico aconteceu no mesmo dia desse lançamento. A obra será responsável por ligar o empreendimento à BR 153 e também ao Campus da UFG. As obras do novo aeroporto estão previstas para começar em março de 2021 e deve gerar cerca de 3 mil postos de trabalho ainda na implantação.
Durante a apresentação, os empreendedores tiveram a oportunidade de expor o projeto final do que será o único polo aeronáutico do centro-norte do País, que traz o conceito urbanístico de Aerotrópolis, inédito em Goiás. O novo centro logístico tem como objetivo atender a demanda por serviços, não apenas voltados para voos executivos, mas manutenção de aeronaves formando uma cadeia produtiva completa voltada para o setor e impulsionando a economia local.
“Vivemos um momento muito favorável para a aviação executiva, considerando as tendências de privatização dos aeroportos em todo o mundo. Aparecida de Goiânia converge todas as potencialidades que um projeto como esse requer: é altamente industrializada e está no coração do país, a 210 quilômetros de Brasília”, pontuou o empresário Marcos Campos, que está frente do projeto. Já Romeu Neiva, que também integra o grupo empreendedor, lembrou da vocação da cidade para se tornar uma smartcity. “Todo o projeto foi pensado com grande inovação tecnológica e baseado em pesquisas socioeconômicas que comprovaram que a cidade demanda por um polo de serviços”.
Capitaneado por um grupo empreendedor formado pelas empresas Tropical Urbanismo e Incorporação, Innovar Urbanismo/Aeroar e CMC/BCI, o Antares Polo Aeronáutico abrangerá uma área de 2,096 milhões de m², com pista para pouso e decolagem de 1,8 mil metros, terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), Fixed Base Operator (FBO) entregue completo para assistência aos proprietários de aeronaves, estacionamento para visitantes e área destinada para helicentro e hotel.
Uma área de 654 mil m² será destinada para receber hangares de aviação executiva, de manutenção de aviões, escolas de aviação, empresas de compra e venda de aeronaves, peças e fornecedores em geral. “Foram cerca de 10 anos de estudos e planejamentos. O projeto tem porte inclusive para receber fábricas de aviões e, ao mesmo tempo, tem espaço para empresas e escritórios para executivos e empresários que tenham o transporte aéreo em sua rotina”, detalha Romeu Neiva.
A maior parte deste tempo foi dedicada a regulamentação das devidas licenças ambientais, de uso do solo e outras, certificações e validações por parte de órgãos como a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] Infraero e o International Civil Aeronautics Organization (ICAO), além de inúmeras indenizações de áreas que foram negociadas. “É importante lembrar que não há concessão, mas sim, a segurança jurídica. As empresas que se instalarem no Antares serão as proprietárias do seus espaços”, destaca Marcos Campos.
Vale ressaltar que a área está categorizada no plano diretor do município como zona aeroportuária e as empresas que se instalarem terão incentivos de IPTU e ITU, além de pagarem ISSQN de 2% tanto durante a obra quanto durante a prestação do serviço.
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