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Conforto, completude, vibrações positivas serão alguns pré-requisitos da nova moradia. Arquiteto e urbanista Guilherme Takeda, especialista em Novo Urbanismo, falou a respeito do tema em live da Comunicação Sem Fronteiras
Reportagem: Luiz Fernando Rodrigues
24 de junho de 2020
A chamada arquitetura da felicidade, ideia desenvolvida pelo filósofo suíço Alain de Botton, em 2006, ganhou terreno com as mudanças provocadas pela Covid-19, que impactaram diretamente a forma como nos relacionamos, trabalhamos, vivemos e moramos.
A casa se transformou no principal protagonista durante o período de isolamento social e as pessoas passaram a ter um novo olhar para esse espaço. Segundo o arquiteto e urbanista, especialista em Novo Urbanismo, Guilherme Takeda, as incorporadoras e projetistas ainda estão buscando compreender as mudanças que virão após a pandemia. Não se sabe exatamente o que acontecerá, mas já há pistas.
“As vendas da área imobiliária serão impactadas porque, se antes vivíamos cerca de quatro horas acordados dentro de casa, hoje vivemos 24 horas onde moramos”, destacou o arquiteto durante live conduzida pela jornalista Raquel Pinho, diretora de jornalismo da Comunicação Sem Fronteiras.
A arquitetura da felicidade está ajudando orientar os novos projetos, que passarão a ter ainda mais responsabilidade para ser multifuncional, proporcionar segurança, conforto e alegria, tudo em um mesmo espaço. E isso valerá tanto para os espaços públicos quanto privados. “Será fundamental usar a arquitetura e o desenho das cidades e espaços para criar ambientes em que as pessoas sintam o quanto é bom viver”, destaca.
Takeda também citou que os fundamentos da psicologia positiva, que valoriza os pontos fortes do ser humano e parte desse pressuposto para tratar suas inseguranças, pode ensinar os arquitetos a aprimorar o olhar para os pontos do projeto que irão ressaltar o bem estar. Uso de luz natural e artificial, cores, elementos naturais, entre outros recursos, serão empregados com essa finalidade.
Reluxo, localismo e sustentabilidade
Vários conceitos, outrora explorados pelo mercado imobiliário, deixarão de ter sentido, sinaliza o arquiteto. Um deles é o luxo. Ele deixará de existir? Não, diz Takeda, mas passará a ter uma nova perspectiva. “As pessoas comprarão peças caras não pelo status, mas pelo conforto que ela proporciona. É o que chamamos agora de reluxo”, destaca Takeda o novo tom do mercado de luxo.
Outra vertente que influenciará os projetos será o localismo. Por conta da limitação de deslocamento, as pessoas passaram a valorizar mais os produtos, serviços e a cultura local. Para Takeda, com o comportamento ficando cada vez mais regionalizado, os empresários devem avaliar cada vez mais as características de cada região para serem bem aceitos pelos clientes locais.
“Já o conceito de ecosustentabilidade ganhará mais espaço em razão do crescimento da conscientização das pessoas e de um aumento mais evidente do movimento de valorização da natureza”, considera Takeda.
Congresso
A arquitetura da felicidade já tinha espaço no Brasil antes mesmo da chegada do coronavírus ao País. Em novembro de 2019, Curitiba sediou a primeira edição do Congresso Brasileiro de Arquitetura da Felicidade que propôs o debate científico, filosófico e profissional da ciência do bem-estar a serviço da arquitetura. Neste ano, o congresso, que estava previamente marcado para São Paulo, será realizado virtualmente por conta da Covid-19, em agosto.
Confira a entrevista completa no link
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