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Pandemia acabou fortalecendo o investimento em imóveis no Brasil. Em Goiás, lançamentos atendem a novos nichos, além dos tradicionais. Empresários estão com confiança em alta para 2021
Luiz Fernando Rodrigues
29 de dezembro de 2020
Um ano em que a rotina da vida moderna foi sacudida. Em que certezas foram colocadas à prova, e algumas delas atravessaram o período turbulento e chegam em dezembro fortalecidas. É o que pode-se dizer sobre a construção civil e o mercado imobiliário que, no primeiro semestre, sofreram uma forte retração durante o período mais crítico do isolamento no Brasil, mas encerram o ano com uma forte retomada.
Os especialistas são unânimes: o cenário foi favorecido pela queda histórica da taxa básica de juros, que saiu de 6,5% em agosto de 2019 e alcançou 2% em 2020, foi o que mais contribuiu para que as vendas acontecessem. Enquanto o investidor do mercado financeiro buscou no imóvel uma opção mais rentável e segura, diante de remunerações baixas a seus investimentos, o comprador de imóvel para uso próprio passou a ter acesso a prestações menores com a queda de juros. Somado a isso, o isolamento social estimulou um novo olhar para a casa.
Para se ter uma ideia, o nível de atividade da construção, que tinha ficado abaixo dos 30 pontos em março e abril, chegou a mais de 50 pontos em outubro, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Foi o nível mais expressivo da série histórica desde 2012, e a maior pontuação do setor ficou com a atividade de construção de edifícios e serviços especializados na construção.
O setor termina o ano com crescimento em vendas e com destaque na geração de empregos. Foi o campeão na geração de empregos formais no País, segundo números do Caged: 157.881 vagas de janeiro a novembro. As vendas cresceram em 8,4% em nove meses, aponta o estudo da CBIC, que ainda traz dados sobre a movimentação nos primeiros dez meses de 2020 sobre os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis, com recursos da poupança: cresceram em quase 50% em relação a 2019, totalizando R$92,67 bilhões.
Goiás foi um dos estados em que a reação do mercado imobiliário. O ano foi marcado pela diversificação de lançamentos: além dos residenciais para todos os perfis de renda, a capital vem recebendo também os empreendimentos voltados para nichos como logística, setor aeronáutico, negócios internacionais, entre outros. No estado, os lançamentos foram fortalecidos também em razão da economia mais resiliente. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado teve quedas menores ao longo do ano que a média nacional, ficando com baixa de 0,3% ante a média nacional de -3,9% no terceiro trimestre. O destaque foi o crescimento de 6% no PIB da indústria no período - no Brasil a participação da indústria caiu em -0,9%. No segundo trimestre, o destaque foi para o agronegócio estadual, com aumento de 4,6% de participação no PIB ante média do País de 2,5%.
O Imob News também ouviu diversos especialistas goianos sobre o balanço do mercado imobiliário em 2020 e as perspectivas para o setor imobiliário em 2021. Acompanhe nas próximas publicações.
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