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Com alta incidência solar, Goiás favorece instalação de sistemas fotovoltaicos e de aquecimento solar

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Condomínio em Goiânia é exemplo desse aproveitamento e já entrega uso da energia solar para o aquecimento dos chuveiros de suas residências

Autor: Dayse Luan - Comunicação Sem Fronteiras

04 de novembro de 2020

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Goiás se destaca com sua incidência solar entre 2.000 e 2.500 horas de insolação ao ano, número que o destaca no País que, segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, recebe durante todo o ano, mais de 3 mil horas de brilho do sol. Embora estar situado em uma das regiões mais privilegiadas do país possa significar a possibilidade de um melhor aproveitamento da geração de energia limpa e renovável, a energia solar corresponde a apenas 0,3% da matriz energética goiana e a 1,2% da matriz energética brasileira. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Estado é o 6° no ranking nacional, com 190 megawatts (MW) de potência instalada.

Já no ranking municipal, Goiânia está na 7ª posição, de acordo com a Absolar, com 29,3 MW de potência instalada. A capital, e parte do estado, fica no chamado “cinturão do Sol”,  ou seja, faz parte de uma das regiões com o melhor potencial para geração de energia solar no Brasil. Apesar de ainda haver muito espaço para o crescimento da geração de energia renovável, muitas pessoas e empresas já se atentaram para a importância e economia que sistemas que usam a energia solar podem trazer.

Um exemplo é o Condomínio Alto da Boa Vista, localizado na região noroeste de Goiânia, e que desde a segunda etapa entrega os sobrados que são construídos no empreendimento com sistema para aquecimento da água do chuveiro com placa coletora e boiler, um sistema diferente do que usa as placas fotovoltaicas para fazer a conversão de energia solar em energia elétrica. “No caso do empreendimento, o sistema usa o calor do sol para aquecer a água, através de placas coletoras”, explica o engenheiro Murilo Guimarães Melo. 

Considerado um dos vilões do consumo de energia, o chuveiro elétrico representa em média de 25% a 35% do valor da conta mensal. No condomínio, famílias conseguem economizar bastante. “Lá em casa não usamos chuveiro elétrico, só a ducha com o sistema de aquecimento e que tem água sempre quente. Somos seis pessoas na residência e se todos fossem tomar banho no chuveiro elétrico a conta de energia viria cerca de mil reais”, conta o comerciante João Batista de Jesus Dias, morador do residencial há seis anos e que normalmente paga entre R$700 e R$800 reais de conta.

Funcionamento
O engenheiro civil responsável pela construção da terceira etapa do Alto da Boa Vista, Murilo Guimarães Melo, explica como funciona o sistema entregue aos moradores do condomínio. “As placas que ficam no telhado captam a radiação solar e aquecem a água que circula no interior do sistema. Essa água aquecida é armazenada no boiler, reservatório térmico, e conservada para utilização nos chuveiros, o qual possui dois registros de abertura, quente e frio”, revela.

Ele ressalta ainda que existe um termostato no boiler para medir a temperatura da água que fica armazenada no compartimento. Se ela não for a ideal um circuito de energia elétrica é acionado para garantir o aquecimento ideal, o que acontece pouco, visto que em Goiânia o sol é predominante por quase todo o ano. “O aquecimento solar proporciona uma economia de até 50% na conta de energia elétrica, dependendo de vários fatores. O investimento inicial retorna, geralmente, em 18 meses. Como a durabilidade de um aquecedor solar é de 15 a 20 anos, não há dúvidas que sua utilização é muito proficiente”, destaca o engenheiro Murilo. Em dois anos, de acordo com a Absolar, o País subiu dez posições no ranking mundial de uso da energia solar, passando da 26ª colocação em 2017 para a 16ª em 2019.

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