Uma profissão relativamente jovem, criada no ano de 1985 pela lei federal 7.410, a ocupação de técnico de segurança do trabalho está entre as seis áreas com maior abertura de novas vagas e demanda por profissionais de nível técnico em 2023, segundo dados do Observatório Nacional da Indústria. Junto com a alta procura por esse profissional, outro atrativo para a carreira é o curto prazo de qualificação (entre um ano e meio ou dois anos) e os ganhos salários atrativos, que podem variar de R$ 3.000 até R$ 7.000, dependendo do cargo e tempo de experiência.

Para se ter uma ideia, uma das mais importantes escolas de formação de profissionais da área em Goiânia, o Senai, observou crescimento de 187% na procura pelo curso nos últimos cinco anos, na modalidade EaD e semipresencial, saltando de 90 matrículas em 2019, para 259 em 2023. Eder Mota Magalhães, de 42 anos, é um dos ex-alunos da instituição e confirma que não faltam oportunidades nessa carreira. 

Com sete anos de atuação na profissão e especializado na segurança do trabalho na construção civil, hoje ele trabalha na Toctao Soluções de Engenharia (empresa do Grupo Mauá) como  técnico de segurança do trabalho e responde por uma obra com média de 275 profissionais. Mas antes disso Eder conta que já passou por várias atividades profissionais que não lhe proporcionaram a estabilidade e o crescimento esperado. “Já fui estoquista, manobrista, autônomo, entre outras atividades. Mas percebi que a profissão de técnico em segurança estava em alta, pois via muitos anúncios de vagas. Então decidi fazer o curso e não me arrependi”, destaca. 

Eder revela que a demanda pela mão de obra de técnicos em segurança cresceu muito nos últimos anos, especialmente na construção civil. “Temos muitas oportunidades, a área está em evolução, e com a grande demanda de obras que temos em Goiânia vagas é o que não falta”, afirma. E para quem se interessou pela carreira ele dá algumas dicas sobre o perfil de profissional procurado no mercado. “Um bom técnico de segurança do trabalho deve ter boa comunicação, boa oratória, ser persuasivo, saber e gostar de lidar com as pessoas e ter senso de equipe. Todas essas características são importantes para  colocarmos em prática o que pedem as normas regulamentadoras de segurança e saúde do trabalhador”, explica.

Mercado aquecido

Atuando como técnica de segurança do trabalho desde 2020 também na Toctao Soluções de Engenharia, Alexandra Avis do Nascimento, de 38 anos, conta que esse é seu primeiro emprego em sua área de formação. “Eu não imaginava que iria trabalhar no setor da construção civil, mas eu não conseguia oportunidade em outras áreas, então decidi me candidatar a uma vaga na obra da Toctao e fui selecionada para iniciar como estagiária. Foi desafiador no começo, mas eu me adaptei bem, gostei muito e hoje não troco esta área por nenhuma outra”, diz. 

O engenheiro de segurança do trabalho Weder Morais, coordenador de segurança do trabalho das obras da Toctao Soluções de Engenharia, também confirma a alta demanda de profissionais da área. “Hoje o nosso mercado de trabalho está bem aquecido e às vezes até faltam profissionais, especialmente para atuação na construção civil”, observa.