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Residencial faz boa gestão de suas áreas ambientais, que são atrativo e referência para viver em contato com a natureza
Reportagem Dayse Luan - Comunicação Sem Fronteiras
16 de julho de 2020
O conceito de urban forestry surgiu em 1960 no Canadá para designar a arborização de uma cidade. Países como a Finlândia e a Alemanha consideram floresta urbana apenas as áreas de florestais nativas que se situam dentro ou próximas ao perímetro urbano, enquanto os Estados Unidos utilizam o termo de modo geral para qualquer tipo de fragmento, seja nativo ou projetado. No Brasil, o termo ainda é pouco explorado, mas neste Dia de Proteção às Florestas, celebrado em 17 de julho, vale ser lembrado para ressaltar bons exemplos de preservação.
A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que uma cidade tenha pelo menos 12 m² de área verde por habitante. Goiânia supera em quase oito vezes esse índice, pois possui 94 m² de área verde por habitante. Sua dimensão urbana é de 728,841 km² e possui mais 1,5 milhão de m² em áreas verdes, divididas em 191 parques, bosques e áreas de preservação permanente (APP). Porém, dentro da capital, há redutos que elevam esse número às alturas. Com 678 m² de área verde por habitante, o Residencial Aldeia do Vale é um deles, tendo 56,5 vezes mais que o recomendado pela ONU. O condomínio horizontal possui 1.500.000 m² de área verde comum e 18 lagos, investindo periodicamente na preservação da sua riqueza natural.
O lugar foi desenvolvido justamente com esse propósito de oferecer o contato intenso com a natureza, mesmo dentro de uma cidade em pleno desenvolvimento. O engenheiro agrônomo Elton Carlos Gonçalves é supervisor técnico responsável pelo Núcleo de Paisagismo e Meio Ambiente da Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva) e explica que é preciso organização para cuidar de toda essa área verde. “Temos uma programação anual e um plano de manejo sazonal, com as especificidades para cada época do ano para podermos tomar decisões adequadas e evitar retrabalhos”, afirma.
Ele explica que de acordo com a estação do ano um tipo de serviço é feito no condomínio. “Por exemplo, no outono e no inverno realizamos podas, visto que as plantas estão com menos folhas e a energia hibernada para brotar na primavera. Na época de estiagem temos que intensificar a irrigação, devido ao clima seco e a baixa umidade da nossa região nessa época”, exemplifica Elton sobre o cronograma de atividades de seu núcleo de paisagismo.
Presente
Um estudo de cientistas britânicos sugere que viver em uma área urbana com espaços verdes tem um impacto positivo no bem-estar mental dos habitantes de cidades. Os pesquisadores, da Universidade de Exeter, constataram que passar a morar em um local com áreas verdes gera um efeito positivo duradouro, enquanto que aumentos de salários ou promoções no trabalho, por exemplo, fornecem apenas efeitos positivos de curto prazo.
O estudo, divulgado na revista Environmental Science & Technology, também constatou queda na saúde mental em pessoas que passaram a viver em ambientes com menor contato com a natureza. A possibilidade de viver em contato constante com a natureza é uma motivação diária para Elton no desempenho de sua profissão. “É muito valoroso, para mim não é trabalho, é presente de Deus. Tenho amor à minha área e à minha profissão”, ressalta.
O condomínio horizontal possui espécies como jacarandás, ipês, goiabeiras, jabuticabeiras, pinheiros, flamboyants e bougainvilles. Uma flora tão rica também atrai uma diversidade de fauna como emas, araras, beija-flores colibris, tucanos, borboletas entre outros. “Nossa flora é riquíssima, sendo a maioria de plantas nativas do cerrado e algumas exóticas, como a callistemon, popularmente conhecida como Escova-de-garrafa e que atrai beija-flores, ave que é o símbolo do Aldeia do Vale”, complementa Elton.
O arquiteto Paulo Renato de Moraes Alves ressalta que foi exatamente essa característica de harmonia entre flora e fauna que chamou sua atenção no condomínio. “O que mais me encanta nas áreas verdes do Aldeia é que elas são compostas por vegetação nativa, o que acaba atraindo a fauna, vários tipos de pássaros vêm pra cá. Em outros condomínios, em outros espaços, existem muitas árvores de outros países, que só servem para enfeitar e aqui o ecossistema funciona, existe uma troca entre fauna e flora. Pra mim essa é a característica ímpar do Aldeia”, salienta ele, que mora há 10 anos no residencial.
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