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Parcela fixa até a entrega das chaves deve gerar economia de até 8% . Aliada a baixa Selic, medida procura aquecer o mercado imobiliário
Reportagem: Luiz Fernando
18 de junho de 2020
Desde o início da disseminação da Covid-19 no Brasil, algumas medidas adotadas pelo setor financeiro proporcionaram que o mercado imobiliário se mantivesse aquecido. Entre as ações adotadas está a redução da taxa básica de juros (Selic), que alcançou o menor patamar histórico de 2,25%.
Os resultados de vendas do mês de maio indicam que os incentivos funcionaram. Após vender apenas 35% do projetado em abril, as empresas mercado imobiliário atingiram 51% do esperado no mês de maio, segundo levantamento do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). A retomada também encontra motivação nas iniciativas das próprias companhias. Em Goiânia, a Consciente Construtora e Incorporadora, por exemplo, passou a adotar parcela fixa sem correção do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) para vendas de unidades do Gaia Consciente Home.
O INCC mede a variação do custo de insumos utilizados em construções habitacionais e é usado para reajustes das parcelas dos contratos de compras de imóveis durante a construção. O índice é calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A iniciativa da Consciente segue até o dia 20 de agosto e as unidades comercializadas do empreendimento são limitadas. A expectativa da construtora é que o comprador tenha, em média, cerca de 8% de economia com o congelamento do INCC.
Segundo o Gerente Comercial e especialista em Direito Empresarial e Imobiliário, Felipe Melazzo, o cálculo do INCC leva em consideração o custo de materiais de construção, equipamentos, serviços, mão de obra e as tecnologias utilizadas durante a construção. “A economia para o comprador é visível porque, por exemplo, um apartamento que valeria cerca de R$ 1 milhão sai com economia de R$ 80 mil na compra do imóvel porque manteremos o índice congelado por cerca de 13 meses, até a entrega das chaves”, destaca o gerente.
O INCC de maio foi de 0,20% e o acumulado de 2020, até o momento, é de 1,40%. Já o acumulado de 2019 foi de 4,14%. O INCC é utilizado apenas durante a fase da construção e, após a entrega das chaves, é substituído pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Além da queda da taxa Selic e das iniciativas das construtoras, Melazzo destaca que os clientes têm visto a compra de imóveis como um investimento sólido e de rentabilidade durante o período de crise, principalmente com a queda da taxa Selic. “Em momentos de crise, as pessoas encontram boas opções de negócio com a queda das taxas de juros que impactam no valores das parcelas do financiamento. O mercado hoje apresenta boas vantagens para quem busca investir em imóveis”, conclui.
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