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A palavra de ordem para um trabalhador permanecer na empresa é se sentir bem no ambiente de trabalho. Salário bom e em dia já não é um atrativo para que o profissional queira permanecer na empresa, aponta pesquisa
Polyana Soares
15 de março de 2023
Depois de as startups iniciarem um movimento de se investir em ambientes de trabalho mais agradáveis para os colaboradores, a humanização dos escritórios, outrora inóspitos, tornou-se uma tendência e, agora, chega também ao “chão de fábrica”, ou seja, para aquele time que realiza o ofício na linha de produção. Até mesmo em estruturas de trabalho temporárias, como os canteiros de obras, já existe o esforço de se buscar melhorias no espaço para promover o bem-estar dos trabalhadores.
De acordo com o engenheiro da GPL Incorporadora, Wesley Ricarte, atualmente, os trabalhadores só permanecem onde se sentem bem. ”Hoje você não tem mais um funcionário apenas pelo dinheiro, até porque a concorrência é muito grande. Existem muitas vagas disponíveis, às vezes até com salários um pouquinho maiores, mas a gente consegue fidelizar através das ações que a gente faz. Fizemos um levantamento e atendemos ao que eles mais pediram: os espaços de convivência, às vezes um churrasco aos sábados, o jogo de futebol que acontece uma vez por semana, que, inclusive, é condicionado a limpeza e organização da obra. Dessa forma, conseguimos nos aproximar dos colaboradores e ter a participação de todos”, afirma ele.
A leitura do engenheiro não é isolada. Mais de oito, a cada dez trabalhadores, consideram que o bem-estar é tão importante quanto o salário, aponta pesquisa realizada pelo Gympass com 9 mil funcionários de empresas no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, Chile, Espanha, Alemanha e Itália, realizada em agosto de 2022. Esse é o posicionamento de 83%,dos entrevistados, sendo que 85% disseram que tendem a permanecer em uma empresa que prioriza esse quesito; e 77% afirmaram que podem deixar um emprego caso essa questão não seja prioridade na companhia.
Por isso, a ideia de investir em ações e ferramentas que aumentem o bem-estar no ambiente laboral, fazendo os colaboradores se sentirem acolhidos durante a rotina passou a ser cada vez mais compartilhada, principalmente, após a comprovação de seus resultados. Foi com esse objetivo que a GPL Incorporadora resolveu investir em medidas de bem-estar em seus canteiros.
Quando os 130 trabalhadores chegam à obra do Bliss Enjoy Life, no Setor Serrinha, eles se deparam com um caminho de segurança ornado com plantas. Passam por um mural de fotos, onde são afixadas imagens com os melhores momentos da equipe, eventos promovidos para eles, entre outras boas lembranças.
Na hora do intervalo, o refeitório se tornou um ambiente de convivência: ganhou uma extensão de lazer com mesa de pingue-pongue, uma mini biblioteca com gibis, revistas e alguns livros. A empresa disponibiliza colchonetes para quem quiser tirar um cochilo após o almoço e, em breve, irá receber um redário.
A coordenadora de segurança do trabalho e ações sustentáveis na GPL Incorporadora, Danielle Alves, explica que a obra do Bliss foi usada como um modelo que será replicado para os demais canteiros da empresa. Para ela, a humanização nos canteiros da empresa é uma ação concreta e verdadeira de valorização de pessoas. “Nós estamos demonstrando que a construção de uma boa relação de trabalho com a empresa vai muito além do pagamento do dinheiro ao final do mês. É perceptível a satisfação e a animação dos funcionários em se sentirem parte desse projeto”, diz ela.
A execução das melhorias foi feita com a participação dos próprios colaboradores, justamente com o objetivo de gerar mais engajamento e senso de pertencimento. Um exemplo foram as pinturas realizadas para dar mais vida ao ambiente de convivência dos colaboradores. As paredes receberam desenhos, pinturas de frases inspiradoras e um painel, batizado como Mãos que Constroem, em que os colaboradores deixaram a marca de suas mãos na parede, com tinta colorida.
“Quando pensamos no projeto Mãos que Constroem, imaginamos a satisfação dos trabalhadores de verem ali suas mãos naquela parede, de todos realmente se sentirem parte, e foi tão positivo… Este foi o sentimento gerado, vimos sorrisos, animação, várias fotos sendo tiradas. Muitos funcionários passaram por lá animados, falando que ia ficar bacana, na pintura da parede do espaço de jogos alguns deram sugestões de desenhos que a turma iria gostar. Isso foi muito gratificante”, conta Danielle.
Pedreiro há 22 anos na GPL, Damião Coelho dos Santos é um dos colaboradores que deixou, com satisfação, a marca de suas mãos no painel. Funcionário antigo da casa, desde os anos 2000, ele aprova as mudanças e disse que elas deram “sacudida” na equipe, no bom sentido. “Aqui sempre foi um lugar bom de trabalhar, mas aqui nessa obra, está sendo melhor ainda. O espaço é grande, é amplo, tem a parte dos jogos que podemos usar nos intervalos, é bom demais”, ressalta o trabalhador.
Foto: Freepik
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