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Intensificação da vistoria no local de trabalho e controle de sintomas de trabalhadores fazem parte da rotina da luta contra a doença. Goiás é o estado com o maior número de casos
Luiz Fernando Rodrigues
10 de maio de 2022
Os casos de dengue voltaram a crescer no Brasil durante o mês de abril. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o país registrou um crescimento de 85,6% até o início deste mês em comparação com o mesmo período do ano passado. Goiânia é a capital brasileira que mais têm sofrido com a doença, com aumento de mais de 1.500% das notificações em um ano. Além disso, Goiás é o estado com o maior número de casos (71.652).
O cenário fez com que empresas do setor imobiliário passassem a intensificar ainda mais as ações de controle nas obras contra o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a zika, chikungunya, febre amarela, além da dengue. Um exemplo é a GPL Incorporadora, em que o servente José Umberto Teixeira Ribeiro faz a vistoria dos focos do mosquito toda semana. Segundo ele, os espaços da obra do Bliss Enjoy Life são vistoriados. “A água parada que encontramos em cada objetivo é descartada e, naqueles locais onde não conseguimos alcançar, jogamos um cloro granulado”, destaca o dengueiro. A ação tem dado bons resultados, já que houve apenas três afastamentos por motivo da dengue desde o início do ano nas obras da GPL.
A preocupação com a eliminação de água parada na obra tem também uma motivação pessoal para José Umberto. Há três anos, ele sofreu com a doença. “Eu me senti muito mal, tive muita dor no corpo, senti muita moleza. É o tipo de sensação que não espero que ninguém passe”, destaca o servente, que também combate o mosquito em casa. “Eu faço essa ação em casa também, em Aparecida de Goiânia. Vejo todos os lugares onde pode acumular água, lavo a minha caixa d’água, recolho os lixos que estão na região. Tudo isso para nos proteger”, completa.
Ação semelhante também é feita nas obras da Opus Incorporadora. A empresa criou a função de dengueiro para combater os focos do mosquito nas obras. Segundo o técnico de segurança Kelves Medea dos Santos, o dengueiro na obra do Gyro Rooftop vistoria o empreendimento sempre às sextas-feiras e tem o objetivo de acabar com os possíveis focos e adicionar cloro granulado em locais em que são difíceis de remover a água, como os espaços de fundação da obra, localizados a 9 metros de profundidade.
“Além disso, os dengueiros fazem fotos após encontrar algum local com água parada. Essa ação proporciona avaliar o que deve ser melhorado e é acrescentado em relatório. Também fazemos um levantamento semanal para identificar os trabalhadores que estão com sintomas da doença para que possamos orientar sobre as medidas que devem ser adotadas para iniciar o tratamento”, detalha Kelves.
Cuidados além da vistoria
De acordo com a assistente de gestão ambiental, Gabriela Souza Jacarandá, dois serventes são deslocados semanalmente para fazer a verificação do canteiro de obras do residencial Europark, do Grupo Toctao. “Em época de chuvas eles fazem a ronda duas vezes por semana. Na fase em que estamos da obra, pode juntar água no subsolo, na piscina que está em fase de testes e nas floreiras. Nestes lugares, a atenção é redobrada”.
O trabalho, segundo Gabriela, não se restringe apenas em eliminar os focos e colocar o cloro granulado. “Espaços que são feitos para armazenar água, como o sistema de armazenamento do ar-condicionado, sempre passam por verificação para ver se estão com larvas e bem vendados”, detalha a assistente de gestão ambiental, que ressalta ainda que a equipe de prevenção contra os focos do aedes da prefeitura costuma visitar a obra mensalmente, contribuindo o processo de prevenção.
Ela ainda destaca que os serventes selecionados para o trabalho no canteiro de obras são treinados para fazer o procedimento a cada seis meses, além de ter passado por um processo de qualificação no Seconci (Serviço Social da Indústria da Construção do Estado de Goiás) em novembro do ano passado. “Caso ainda tenha necessidade de algumas orientações pontuais, fazemos algumas reuniões. Em janeiro, no auge do período chuvoso, também fizemos um diálogo semanal de saúde (DSS) sobre a dengue para alertar qualquer funcionário a agir, caso encontre algum material com água parada”, detalha Gabriela. “Começamos a agir antes do surgimento das larvas, mas, caso isso não funcione, chamamos o fumacê para atacar diretamente os mosquitos”, completa.
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