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Pesquisa apontou o índice de desistências de compras de imóveis para os próximos 24 meses no Brasil e revela onde estão os nichos com potencial de mercado mesmo nesse cenário de pandemia
Reportagem: Raquel Pinho - Comunicação Sem Fronteiras
10 de junho de 2020
O instituto de pesquisa Datastore identificou um crescimento médio de desistências da intenção de compras de imóveis nos próximos 24 meses em todo Brasil. De 19%, em abril, agora são 29% de pesquisados que afirmaram que não vão mais realizar a aquisição nesse período. A maior concentração está nos estados do Norte e Nordeste, e uma significativa participação do Sudeste. No Sul, as desistências ficaram em torno de 5% apenas e, no Centro-Oeste, 30% declinaram de seus planos iniciais de aquisição.
“A retomada do setor acontecerá primeiro nos estados do Sul. Já no Centro-Oeste, o número de desistências cresceu apenas 1% em relação ao mês anterior, demonstrando a resiliência do mercado imobiliário na região”, comentou o estatístico e CEO do Datastore, Marcus Araújo, que apresentou os resultados em live aberta ao público pelo Youtube.
Na outra ponta, a pesquisa apontou que 7,21% dos consumidores brasileiros mantém interesse de adquirir imóveis. O percentual é menor que em abril, quando esse grupo representava 10,25%. Ainda assim, corresponde a 3,6 milhões de famílias com renda acima de R$ 1,5 mil.
“É preciso ter visão de longo prazo. Essa queda era prevista, como acontece em todos os momentos de crise, a exemplo do que ocorreu em 2008, quando tivemos a crise da bolha imobiliária nos Estados Unidos”, observou. Marcus lembrou que, na prática, trata-se de diminuição da velocidade de vendas porque a grande maioria não cancela a compra, mas adia, disse ele.
A intenção de compras de imóvel para os próximos 36 meses ficou em 18%, em maio. “Eu acredito que esse possa ter sido nosso fundo do poço, porque já temos uma tendência de reabertura do comércio, o verão europeu chegando e acontecendo com medidas de segurança sanitária, recuperação econômica dos Estados Unidos acontecendo” comentou.
Quem quer comprar
Mesmo no cenário desafiador, existem as oportunidades, considerou Marcus. É que, dentro do grupo dos que permanecem com a intenção de compras nos próximos 24 meses, 44% pretende fazer a aquisição ao longo de 12 meses. Em números, significam mais de 1,6 milhões de famílias. “Esse é o grupo decidido e mais preparado financeiramente. Esse público tende a tomar decisão mais rapidamente”, diz.
Vale ressaltar que a queda da Taxa Básica de Juros no País, que chegou a 3% em maio, além de repercutir na queda dos financiamentos habitacionais - o que é um atrativo para a compra - também impacta no mercado financeiro, diminuindo sua rentabilidade. O mercado aposta, com isso, no retorno do investidor para o setor de imóveis.
A rodada de pesquisa da Datastore sobre o mercado imobiliário será mensal. Já no dia 7 de julho, às 11h, haverá divulgação de novos números por meio de transmissão ao vivo pelo Youtube. Um dos principais institutos de pesquisa do setor imobiliário, o Datastore possui uma série história do comportamento de compras ao longo de 20 anos em todo País.
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