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Cada vez mais brasileiros - especialmente as mulheres - vêm se formalizando como micro e pequenas empresas (MPE) ou microempreendedores individuais (MEIs), nos últimos anos. Conheça a história da Tia Wal!
Flávia Juliate
05 de outubro de 2023
Conforme aponta a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em 2019, empreender é o 4º maior sonho dos brasileiros, ficando atrás apenas da casa própria, viagem pelo país e aquisição de um automóvel. Seja para realizar um sonho, ganhar mais dinheiro, ter autonomia para tomar decisões ou pela falta de emprego, já que a população de desempregados no Brasil está estimada em 9,4 milhões de pessoas, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o fato é que os brasileiros estão sim empreendendo mais.
Para se ter uma ideia do crescimento do setor por aqui, de acordo com dados do Sebrae, mais de 3,9 milhões de empreendimentos formalizados como micro e pequenas empresas (MPE) ou microempreendedores individuais (MEIs) foram registrados somente em 2021 no País. Comparado ao ano anterior, onde o registro foi de 3,3 milhões de negócios, o crescimento é de 19,8%. Contudo, se engana quem pensa que a presença masculina é majoritária nesse crescimento.
De acordo com um levantamento feito no ano passado pelo LinkedIn, com dados de 2019 e 2020, no Brasil, a porcentagem de novas empreendedoras aumentou 41%, entre um ano e outro, contra um crescimento de 22% em relação aos homens que começaram um novo negócio. Segundo especialistas, uma boa parte dos negócios montados por elas parte de desafios e necessidades enfrentadas em seu dia a dia. Esse é o caso da empresária e dona da loja Cantinho do Cachorro no Shopping Estação Goiânia, Waldirene Glês Bertoldo Martins Silva. Ela conta que a história de sua empresa começou há 16 anos, quando procurava peças de vestuários para sua poodle, Mel. “Procurava roupinhas para a Mel, mas na época não encontrava muitas opções bonitas e em conta”, lembra.
Incomodada com a falta de opções que oferecessem, além de beleza, mais conforto para os pets, a Tia Wal, como hoje é mais conhecida, decidiu ela mesma produzir roupas e acessórios para sua filha de quatro patas. “Quando eu saía com ela, todo mundo elogiava e perguntava onde eu tinha comprado. Ao descobrirem que a produção era minha, as pessoas começaram a pedir para que eu vendesse também”, relata.
Oportunidade
Waldirene conta que na mesma época em que decidiu abrir a loja para fazer um teste com os seus produtos, ouviu falar da inauguração do Shopping Estação Goiânia, em formato de feira a céu aberto. “Quando eu fiquei sabendo dessa oportunidade, não pensei duas vezes e liguei para saber como funcionava. E lá estou até hoje: desde a barraca até a lojinha”, enfatiza a Tia Wal.
A empreendedora do ramo pet recorda que embora não seja a sua renda principal, a loja ajuda a preencher o vazio da perda de sua poodle Mel, falecida há três anos. “O meu amor pela Melzinha me motivou a seguir em frente com o negócio. Afinal, ela foi a motivadora de tudo isso”, conta emocionada.
Já a empresária Clarice de Fátima Dias Carmo, que conta com mais de 20 anos de experiência no empreendedorismo, relata que a sua motivação para investir no próprio negócio veio após trabalhar como vendedora em uma loja de roupas na capital. “Lá atrás, quando tudo começou, eu ainda trabalhava na modalidade CLT. E foi assim, acompanhando toda a movimentação que o empreendedorismo envolve, que vai muito além do lucro, acabei me apaixonando - especialmente pelo ramo da moda”, destaca.
Há 12 no Shopping Estação Goiânia, Clarice, que é proprietária da loja Átrio Modas, informa que inspirada pelo seu histórico familiar de empreendedores, unido à vontade de empreender e, é claro, fazer uma renda extra, vê no empreendedorismo uma oportunidade de fazer o seu nome no mercado. “Hoje eu quem faço o meu horário, as minhas metas e o melhor: levo produtos de alta qualidade para o público e sou reconhecida por isso”, pontua.
Assim como outras mulheres, as histórias das duas empresárias com o empreendedorismo reafirma outro importante dado sobre o setor: as mulheres brasileiras são boas de negócio sim, e quem diz isso são os números. Um levantamento também realizado pelo Sebrae em parceria com a GEM, entre 2020 e 2021, mostra que dentre os 52 milhões de empreendedores do país, 57% (30 milhões) são mulheres. O estudo mostrou ainda que entre Microempreendedores Individuais (MEIs), 48% correspondem ao público feminino. Tais dados fazem do Brasil o sétimo país do mundo com maior número de mulheres empreendedoras.
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