Com a escalada no preço da energia elétrica no Brasil, uma solução para ajudar a diminuir um pouco o impacto da conta no fim do mês pode vir do céu. A grande incidência de luz solar no Brasil reforça o potencial do país para a energia gerada por meio de placas solares. Embora a adesão da tecnologia ainda seja tímida na maior parte das regiões brasileiras, respondendo por apenas 1,9% de toda a matriz energética brasileira, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), alguns empreendimentos imobiliários já começam a incluir o recurso como item de série. É o caso do Gaia Consciente Home, edifício residencial que está sendo construído pela Consciente Construtora no Setor Bueno, em Goiânia.

Com 132 apartamentos distribuídos numa torre única de 36 andares, o Gaia terá uma usina fotovoltaica para geração de energia solar instalada no teto da cobertura, próximo à caixa d’água do edifício. O equipamento será capaz de gerar 12,5 kWp (quilowatt pico), o que representa o máximo de energia produzida em condições ideais. A geração de energia solar está sujeita a fatores climáticos e sazonais, como chuvas, neblina ou nuvens, e por isso os valores podem variar de acordo com a época do ano. No entanto, é possível afirmar que, em média, a usina fotovoltaica será capaz de reduzir cerca de 20% do consumo de energia elétrica do condomínio.

De acordo com o engenheiro elétrico Danilo Souza Queiroz, responsável pelo projeto das placas fotovoltaicas no Bueno, a procura por essas usinas semelhantes às que serão implementadas no Gaia Consciente Home está aumentando nos últimos anos, apesar de a tecnologia ainda ter utilização bastante incipiente no segmento residencial. O engenheiro destaca que uma das principais vantagens é a durabilidade do equipamento, que tem funcionamento médio de cerca de 25 anos, necessitando apenas de manutenções pontuais ao longo deste período.

“É uma tecnologia que ainda está em fase de popularização nos empreendimentos residenciais. Em Goiânia, menos de 10 empreendimentos possuem o tipo de equipamento que está sendo instalado no Gaia. É um investimento que vale muito a pena, pois os custos de implantação são cobertos pela economia gerada nos primeiros cinco anos. Como a usina fotovoltaica tem durabilidade média de 25 anos, isso significa que a economia gerada nos 20 anos seguintes representa somente benefícios para quem usufrui”, explica Danilo.

O Gaia Consciente Home está sendo construído em um espaço de 2.887 m² e, além da geração de energia solar, traz outras inovações sustentáveis em seu projeto, como horta e pomar, e teto verde com reaproveitamento das águas das chuvas. O objetivo é atender o crescimento da demanda de consumidores por moradias sustentáveis. Os apartamentos do empreendimento têm plantas flexíveis e metragens de 150 m², 157 m² e 170 m², podendo ter três suítes ou serem adaptadas para quatro quartos e duas suítes. Ao todo, serão 37.077,48 m² de área construída. O empreendimento deve ser entregue ainda no segundo semestre de 2021.