Empresários de Goiânia e Aparecida de Goiânia se reuniram no All Park Polo Empresarial  para conhecer de perto a maquete e os detalhes do novo empreendimento que vai impulsionar a economia da cidade de Aparecida de Goiânia: o Antares Polo Aeronáutico. Voltado para o segmento de aviação executiva, as áreas despertaram interesse principalmente para empresas que necessitam da aviação para desenvolver seus negócios. Segmentos como agronegócio, logística e empresas especializadas em aviação já marcam presença no empreendimento que abriu sua etapa de vendas na última semana. 

Para Marcos Bernardo Campos, da CMC, que integra o grupo empreendedor formado pela Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações, o pré-lançamento alcançou o objetivo de mostrar a grandiosidade do projeto. “O que vemos aqui são empresários que têm foco no desenvolvimento do seu negócio, que buscam segurança jurídica e patrimonial, inseridas em um contexto global que inclui hangaragem e serviços de apoio”. É justamente esse o interesse do empresário do segmento de manutenção de aeronaves, Abrão Berberian. “Os aeroportos privados no Brasil ainda são um segmento novo, e em todo país nos deparamos com essa insegurança patrimonial,  como investir em espaço de concessão? No caso do mercado de aviação, ter uma área privada pode ser mais vantajoso”, detalha ele, que esteve no lançamento e conheceu de perto o novo empreendimento. 

O Antares Polo Aeronáutico abrangerá uma área de 2,096 milhões de m², com pista para pouso e decolagem de 1,8 mil metros, terminal de embarque e desembarque,terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros    serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral.  Uma área de 654 mil m² será destinada para receber hangares de aviação executiva, de manutenção de aviões, escolas de aviação, empresas de compra e venda de aeronaves, peças e fornecedores em geral. 

Para o empresário do ramo de logística terrestre e aérea, Osvaldo Zilli, o empreendimento chega para reforçar a vocação da cidade de Aparecida de Goiânia para a logística. “A aviação é um mercado ascendente, e criar essa cadeia produtiva em um só lugar vai trazer um ganho de tempo imensurável, considerando que o transporte aéreo de cargas fracionadas, por exemplo, agrega valor ao produto e serviços de uma empresa e já representa 20% dos serviços de entregas”, pontua. 

Quem também esteve presente na abertura da sala de vendas foi o empresário do ramo do agronegócio, Cauê Campos. “Uma aeronave é uma ferramenta de trabalho para nossa empresa que tem negócios na Bahia e Minas Gerais, por exemplo, além de clientes em fazendas em todas as regiões do País”, explicou, ao ressaltar que 60% dessas viagens são feitas por via aérea. Para Cauê, o Antares Polo Aeronáutico vai trazer soluções que o estado ainda não possui nessa área, além de reunir empresas e diversos segmentos em um mesmo ambiente, favorecendo novos negócios. “A aviação executiva é um segmento importante, pois grande parte das fazendas já tem pistas homologadas, e Goiás está estrategicamente posicionado no Centro do País e vai atender muito bem a demanda”. 

No último mês de setembro, a  prefeitura de Aparecida de Goiânia deu início às obras de pavimentação do eixo Leste-Oeste 04 que dará acesso ao novo centro de serviços de aviação e também ao Campus da Universidade Federal de Goiás (UFG), ligando ambos à BR 153. O Eixo 04 é a primeira obra iniciada dos cinco Eixos Viários Estruturantes Leste-Oeste que integram o Programa de Reestruturação Viária da Bacia do Ribeirão Santo Antônio, com custo de mais de 35 milhões de dólares por meio de financiamento junto a Corporação Andina de Fomento. 

Além disso, uma lei de incentivo aprovada junto à prefeitura de Aparecida de Goiânia no ano passado, dá às empresas que se instalarem no Antares condições diferenciadas no Imposto sobre Serviços por 20 anos, pagando  2% de ISS, enquanto em outras cidades o valor chega a 5%.  

Crédito: Murilo Bueno