Os setores de  moda e automobilístico têm em sua essência a busca pela estética e pelo design e, nessa busca, grandes nomes vêm se tornando símbolo do que há de melhor em tendência e formas quase perfeitas. Quem discorda que as peças  de Coco Chanel são atemporais e um carro da Porsche carrega glamour em seus traços? Esse glamour tem sido uma aspiração também do mundo da arquitetura,  que está convidando essas referências para participar dos projetos de moradias de luxo. 

No Eixo Rio-São Paulo, edifícios assinados por grandes grifes já estão se tornando frequentes no mercado de luxo, a exemplo do  escritório de design italiano PininFarina, o mesmo que desenvolve os veículos Ferrari. São projetos que desejam oferecer fachadas atemporais, beleza que agrega ao visual da cidade, desperta o orgulho dos moradores e gera maior valorização nos empreendimentos.

Essa tendência também chegou a Goiânia,  uma das capitais onde o mercado imobiliário se destaca nacionalmente pelo seu desempenho, e onde vivem pessoas que valorizam as tradições, mas também são ávidas por estar alinhadas ao que acontece mundo afora. Não por acaso, referências como Hans Donner escolheu nossa capital para indicar sua atenção no design imobiliário,  uma paixão de sua juventude  agora resgatada após a finalização de sua carreira notável como designer das vinhetas da Globo. Por aqui, já existem projetos assinados por Carlos Rossi, Artur Casas, Patricia Anastassiadis, reconhecidos nomes ligados à arquitetura de luxo no Brasil e no exterior.

Conjugando características como a qualidade de vida da população, o respeito ao cenário urbano, a integração com o ambiente, projetos de fachada assinados visam alinhar a estética à valorização da própria cidade, que passa a ter um marco paisagístico metropolitano e, consequentemente, um bom investimento imobiliário. 

Além disso, as fachadas são os cartões de visitas da casa das pessoas - um prédio é, antes de tudo, um lar. É importante ressaltar que são eles, os futuros habitantes do prédio,  que mais valorizam a beleza de sua fachada. 

Esse tipo de imóvel reflete um padrão de comportamento, que foi acentuado com a pandemia. Pesquisas já comprovaram que o médio e alto padrão foram as tipologias mais comercializadas no período, quando as famílias passaram a investir na melhora de suas casas. Quem compra tais tipologias valoriza  não só o conforto, mas os aspectos artísticos, de beleza e a sofisticação de um projeto.

Ricardo Teixeira é especialista em mercado imobiliário, sócio-proprietário do grupo URBS Imobiliária