De janeiro de 2021 a março de 2022, Goiânia concentrou mais da metade dos lançamentos imobiliários entre todas as capitais do Centro-Oeste. Foram 13.237 unidades, 57% do total de 23.209 imóveis lançados nas quatro capitais da região, de acordo com dados do Instituto Brain.

Para oferecer todos esses imóveis ao público, haja força de vendas. A categoria dos corretores de imóveis cresceu 18,66% entre agosto de 2021 e agosto de 2022, mas o volume não foi equivalente à demanda. Imobiliárias têm oferecido cada vez mais oportunidades de atração e capacitação de novatos. É nesse cenário de muitas possibilidades, mas também de desafios, que a categoria completa 60 anos de regulamentação no dia 27, sábado.

“Mais do que um dia para cumprimentar meus colegas, essa data é de suma importância para despertar nos profissionais a consciência e o engajamento que todos precisamos para, juntos, construirmos o mercado que tanto queremos: íntegro, ético e qualificado. E, para que isso ocorra, os corretores de imóveis precisam estar em constante aprendizado e aperfeiçoamento”, diz a corretora de imóveis, escritora e educadora do mercado imobiliário, Cida Moreira.

Ela lembra que muitos profissionais de outras áreas têm migrado de outras atividades para o mercado imobiliário e os que encontram sinergia com a profissão têm obtido sucesso. Mas há aqueles que estão somente de passagem para se aproveitar do bom momento e ainda se iludem que a venda é um processo simples.

Mestre em Psicologia e especialista em Operações Imobiliárias e em Marketing, Cida Moreira também é autora do livro Mercado Imobiliário – Empreenda e Transforme, lançado com o objetivo de ajudar os profissionais que desejam desenvolver uma carreira empreendedora no mercado.

Ela destaca que a venda de um imóvel não se resume apenas em alcançar uma meta, mas em acolher o consumidor e todas as suas necessidades, expectativas e buscar uma solução de moradia ou investimento adequado ao seu momento de vida. “Uma carreira bem-sucedida depende do despertar de cada profissional para se preparar para esse atendimento de excelência, uma vez que o curso técnico para o ingresso na atividade é apenas um pontapé inicial”, diz.

Mercado imobiliário on-line

Além de ser importante o conhecimento nas áreas jurídica, urbanística, arquitetônica, de investimentos, entre outros, Cida acrescenta que agora há mais um desafio: conhecer  e conectar-se ao universo digital. Nele, o consumidor quer ser atendido na hora, com agilidade. Portanto, para o corretor de imóveis, não basta ser híbrido,  é preciso também ser ágil.

As ferramentas podem ajudar a fazer um filtro de imóveis mais assertivo com as necessidades do cliente, é possível segmentar e fazer anúncios voltados apenas para o público-alvo, além de criar relacionamento com o consumidor por meio da produção de conteúdos, entre outras possibilidades.

“Em um mundo cada vez mais digital, usar a tecnologia a favor do atendimento tem sido vital. É preciso usá-la para estar próximo e à disposição do cliente, e tornar a jornada de compra o menos desgastante possível. Todo profissional busca conquistar o reconhecimento, e isso só acontece a partir de muita dedicação para se capacitar e adequar aos novos modelos da profissão”, finaliza Cida Moreira. 

História

A profissão de corretor de imóveis foi regulamentada em 1962 com profissionais que na época eram chamados de agentes imobiliários, sem cursos de formação relativos à área. O empirismo e  a rotina diária acabaram fazendo a formação dos primeiros corretores. A  Lei Federal 6.530 de 1978 é que dá nova regulamentação à profissão, exigindo cursos técnicos na área, ratificando também a atuação dos conselhos Federal e Regionais, que começaram, então, a disciplinar e  fiscalizar o trabalho da categoria de corretores de imóveis.