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Famílias buscam a segurança da casa própria em período de coronavírus

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 Em cenário de incertezas, queda da taxa Selic e condições de pagamento oferecidas pela Caixa Econômica Federal ainda apontam o investimento imobiliário como caminho seguro. Na MRV, vendas em maio cresceram 6% em relação ao mês de abril

Reportagem: Luiz Fernando - Comunicação Sem Fronteiras 

18 de junho de 2020

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou ontem a queda da taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual. A taxa chegou a 2,25%, o menor patamar da história. Um dos setores beneficiados pela queda da taxa Selic é o setor imobiliário, já que isso permitirá o financiamento habitacional com prestações mais acessíveis.

A mudança, associada à outros benefícios do governo, está estimulando a compra do primeiro imóvel,  mesmo no cenário de pandemia e insegurança financeira. Nesse sentido, o  gestor comercial regional da MRV, Rafael Cássio de Aquino, cita iniciativas como a da Caixa Econômica Federal, que anunciou até seis meses de carência nas prestações de contratos habitacionais. “As condições de pagamento ficaram boas para quem estava buscando segurança para adquirir um imóvel e ter a garantia da moradia, um bem essencial para o ser humano. Caso alguém tenha algum receio de comprar o imóvel e necessite solicitar essa facilidade poderá ter de três a seis meses de carência na compra, isso ajuda muito as famílias”, destaca ele.

Na MRV, que opera majoritariamente com o primeiro imóvel das famílias, em maio houve um aumento de 10% na procura de imóveis em relação à média dos três primeiros meses do ano e crescimento de 6% nas vendas em relação ao mês de abril em Goiás. Ele lembra que, além das oportunidades com a queda dos juros, o cliente agora viu que o aluguel pode ser algo frágil, já que o não pagamento pode resultar em despejo. "Isso sem falar que em alguns casos a parcela do imóvel pode ficar mais em conta do que o próprio aluguel", acrescenta.

Mais segurança

Diante dessas facilidades, o casal de autônomos Layzza de Oliveira e Gabriel Silva decidiram iniciar a compra do imóvel em abril. “Já era algo que estávamos planejando desde o início do nosso relacionamento, há três anos. Foi quando vimos as boas condições para ter o nosso imóvel, um cantinho só para nós”, explicou Layzza.

O início da propagação do coronavírus em Goiás assustou o casal. Porém, como já estavam decididos a morar juntos, optaram pela segurança da compra de um apartamento. “Começamos a pesquisar e ver que, em muitas situações, o aluguel ia ficar ainda mais caro, sem falar que é algo sem retorno. Já a casa é nossa e essa questão [carência de até seis meses pelo financiamento com a Caixa] acabou nos dando mais segurança”, detalhou a autônoma, que começou a compra do imóvel pela internet em abril e fechou a transação em cerca de um mês. O casal comprou um imóvel no residencial Arcos da Serra, que está sendo construído no bairro Jardim Alexandrina, em Anápolis.

Outro que resolveu apostar na compra de imóvel e o fez pesquisa por meio digital foi o planejador de manutenção Lucas Santana. Com o sonho de comprar o primeiro imóvel desde os 16 anos, o jovem de 20 anos decidiu sair do aluguel e comprar um apartamento quando viu anúncios pelas redes sociais. “Na sequência fiz simulação, vi que se encaixava em meu orçamento, cadastrei meus documentos e recebi ligação da construtora. Foi tudo muito rápido e comprei o imóvel em menos de um mês”, explica o planejador de manutenção.

Ele também comprou um apartamento no residencial Arcos da Serra e se surpreendeu com a rapidez da transação pela internet. “Eu estava vendo alguns anúncios de imóveis pelo Instagram no final de abril e, em maio, toda a compra já estava finalizada. Essa agilidade me surpreendeu e agora tenho a expectativa de mudar em breve para o apartamento”, detalha Lucas.

Digital

Outro fator alterado pela pandemia do coronavírus foi a forma de aquisição do primeiro imóvel. De acordo com Rafael Cássio, 98% das vendas feitas pela MRV no Estado no mês de maio foram por meio digital.

“A tendência da compra digital já era uma realidade e acabou sendo antecipada pelo contexto atual da pandemia”, explica o gestor comercial.

 

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