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O jornalista, ambientalista e um dos fundadores do Partido Verde irá participar da Jornada de Estudos Brasileiros realizada pela UFG e CREA no Parque Cultural Florata. As inscrições são gratuitas e estão abertas
Felipe Fernandes - Comunicação Sem Fronteiras
16 de novembro de 2022
Áreas verdes nas cidades são fundamentais para se garantir a qualidade da vida humana e também o equilíbrio ambiental no meio urbano. Elas possuem a importante função de reduzir efeitos da poluição e dos ruídos, agem diretamente na redução da temperatura e na velocidade dos ventos, além de influenciarem no balanço hídrico e ajudarem na permeabilidade do solo.
É para fomentar o diálogo com a comunidade a respeito o debate sobre natureza e cidade e contribuir para o avanço da cooperação entre comunidade acadêmica entre profissional que o Parque Cultural Florata recebe, no dia 18 de novembro, o seminário “Jornada de estudos brasileiros: a natureza e a cidade”.
Entre os debatedores, estarão o jornalista Fernando Gabeira (foto), membro fundador do Partido Verde e um dos precursores da discussão sobre ambientalismo no Brasil, e o arquiteto Robson de Almeida, diretor do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro e ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A arquiteta e paisagista Yara Hasegawa, formuladora da criação do Instituto de Desenvolvimento Urbano de Goiás – INDUR, e o arquiteto Luís Fernando Teixeira, um dos responsáveis pelo traçado da cidade de Palmas (TO) e profissional goiano com dezenas de projetos de desenvolvimento urbano em Goiás e no Brasil.
O evento é uma realização do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Federal de Goiás (CEB|UFG) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), com o apoio da Sociedade Cultural Elysium e do Instituto Biapó. A participação é gratuita mediante inscrição prévia.
O engenheiro e professor da UFG, Wolnei Unes, explica que a jornada irá trazer a importância dos parques para as cidades, algo que tornou-se uma marca de Goiânia em todo território nacional. Considerada a cidade dos parques, 60 espalhados pelos bairros, de acordo com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), que contribuem também para que a capital goiana tenha 94 metros quadrados de área verde por habitante - 8 vezes a mais do que recomenda a Organização das Nações Unidas (ONU). A capital goiana é a cidade brasileira com mais de um milhão de habitantes mais verde do País, segundo o IBGE.
“Curiosamente, no passado, quando o desenvolvimento urbano era associado aos arranha-céus e avenidas movimentadas, os goianienses tentavam negar essa característica tão intrínseca às suas origens. Mas foi justamente esse atributo, a abundância de natureza que tornou seu maior valor, reconhecido nacionalmente”, comenta o organizador
Ele explica que a pandemia pela Covid-19 acabou fortalecendo esse modelo de ocupação urbana, com uma vez que os parques foram a grande válvula de escape para a população em isolamento social e suas diversas repercussões. Além disso, a consolidação do trabalho remoto abriu caminho para novos modelos de ocupação.
“Ao mesmo tempo que uma grande cidade deve conter muitos parques, por que não pode acontecer o contrário? Um parque, mesmo fora da zona urbana, pode se tornar uma centralidade e receber uma ocupação no seu entorno”, comenta.
Wolnei acrescenta que outro ponto que também será comentado no seminário é sobre os parques serem vistos como patrimônio cultural do nosso estado, um conceito relativamente novo que veio com esse momento nosso da atualidade.
“Quando a gente fala em patrimônio cultural a gente imagina preservação de um prédio antigo e não imagina que isso pode estar ligado a um parque. Mas esse conceito muda tudo e torna a natureza como parte do patrimônio nacional cultural”, explica Unes.
O evento será realizado das 9 às 18h. O local, o Parque Cultural Florata, também será objeto de visitas e estudos, uma vez que a antiga área de pastagem se tornou um parque com mais de 370 mil metros quadrados, e está recebendo ocupação planejada em seu entorno.
Parte de sua área está passando por um processo de recuperação ambiental de parte da área por meio da implantação de uma agrofloresta, uma técnica de plantio que combina culturas agrícolas e arbóreas e que já proporcionou a colheita de mais de 60 toneladas de alimentos orgânicos. Trilhas, reserva de Mata Atlântica em pleno cerrado, lago e meliponário são outras atrações do lugar, que também possui uma Galeria de Arte Aberta com mais de 10 peças de diferentes artistas.
Além dos diálogos, também contará com o lançamento da cartilha “Restaurando a Natureza” e do livro “O bosque e a cidade”. Os interessados podem conferir a programação completa e fazer sua inscrição gratuita no site: www.parqueflorata.com.br.
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