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Os dados são da pesquisa da Ademi-GO, confira o cenário do setor
Raquel Pinho
14 de dezembro de 2021
O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia vive um de seus melhores momentos da história. Até setembro de 2021, vendeu 50% a mais de imóveis (7775) em comparação com o mesmo período de 2020 (5168), um recorde desde o ano de 2014 - analisando os nove primeiros meses. Em volume de lançamentos, somente os nove meses de 2021 foram suficientes para quase superar todo o ano de 2020: foram 7760 unidades ante 7879. Em paralelo, o volume de distratos foi o mais baixo dos últimos sete anos (685). Os números são da pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).
“Isso porque consideramos que 2020 já havia sido um bom ano para as empresas”, destacou o presidente da Ademi-GO, Fernando Coe Razuk, ao analisar os dados da pesquisa divulgada nesta terça-feira, 14. O levantamento é realizado pela Brain Inteligência Estratégica.
Nos nove primeiros meses de 2021, o setor contabiliza R$ 3,47 bilhões em vendas e 7.775 unidades vendidas, enquanto o volume de vendas do ano de 2020 foi de R$ 3,3 bilhões, com 5.168 unidades comercializadas. A expectativa regional é encerrar este ano com volume de vendas acima de R$ 4 bilhões, o que representará um crescimento acima de 20% em relação ao ano de 2020. “Em número de unidades, as vendas devem ultrapassar as 10 mil unidades, o que fará do ano de 2021 o maior em volume de vendas desde 2012”, destaca Razuk.
A pesquisa apontou que a valorização dos lançamentos chegou à casa dos 40% nesse ano, em parte em razão do aumento de custo da construção civil. O metro quadrado médio chegou a R$ 6.095. “O desafio dos incorporadores foi precificar, mas o mercado aquecido permitiu repassar parte desses aumentos”, considerou Razuk.
Apesar da alta da taxa básica de juros ao longo do ano - atualmente está em 10,74% segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - o presidente da Ademi-GO destacou que ela continua atraente para o mercado imobiliário, que historicamente era acostumado a taxas de financiamentos acima de dois dígitos, um dos motivos do aquecimento.
“Um indicador é o recorde do volume de financiamentos imobiliários no Brasil, que nesse ano chegará a R$ 200 bilhões do SBPE [recursos da poupança]. Fora isso tem mais R$ 55 bi, do FGTS, que financiou a Casa Verde Amarela”, acrescentou Marcelo Gonçalves, analista de pesquisa da Brain.
A capital manteve taxa positiva de empregos, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), outro indicador positivo que refletiu no mercado imobiliário. “E não dá também para desconsiderar o contexto da pandemia, que gerou o desejo por melhorias no imóvel e acelerou a decisão de compra”, salientou Marcelo.
Desafios
Para a Ademi-GO, o ano de 2022 deverá ser desafiador, com um crescimento mais equilibrado, em razão dos custos da construção que ainda virão, inclusive sobre a mão de obra, e queda do poder de compra do consumidor, gerada pela inflação. “As condições de compra continuam boas, os juros atraentes, mas haverá alta dos imóveis em razão dos aumentos dos custos, que continuam”, informou Razuk ao declarar que a estimativa é que haja uma elevação nos preços na ordem de 10 a 20%. Por outro lado, ponderou Razuk, essa valorização deve atrair investidores, especialmente em um ano político turbulento, que deve causar oscilações no mercado financeiro.
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