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Lago Corumbá IV receberá marina de alto padrão com assinatura de Torben Grael

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Empresa do bicampeão olímpico será a responsável pela construção da infraestrutura completa de navegação do Escarpas Eco Parque

Túlio Moreira / Comunicação Sem Fronteiras

1º de julho de 2021

Bicampeão olímpico e primeiro brasileiro a integrar o Hall da Fama da vela, Torben Grael pretende trazer Goiás para o cenário nacional dos esportes náuticos. A empresa Intermarinas, fundada por ele e os sócios Klaus “Cacau” Peters e Alejandro Comas, também velejadores, será a responsável pelo projeto de construção da marina do Escarpas Eco Parque, empreendimento localizado no Lago Corumbá IV, no município de Abadiânia. A marina completa é uma das principais atrações do condomínio reserva, que tem previsão de conclusão de suas obras para 2023.

Na quarta-feira (30 de junho), Torben se reuniu com os gestores do Escarpas Eco Parque no Empório Saccaria, no Jardim Goiás, em Goiânia, para definir os últimos detalhes da parceria. O Empório Saccaria também é um dos parceiros do empreendimento, compartilhando sua expertise no segmento alimentício com o restaurante panorâmico que fará parte do complexo. Na quinta-feira (1º de julho), o velejador paulista participa hoje (1º) de uma visita técnica ao Lago Corumbá IV, na localidade onde o condomínio está sendo construído.

A expectativa de Torben é que o Escarpas receba um modelo completo de marina para águas interiores, como são conhecidos os mares completamente fechados, lagos e rios. No caso do Lago Corumbá IV, a infraestrutura oferecerá guarda-barcos, preparação de embarcações e manutenção, além de contar com mall e outros serviços ligados à navegação. Segundo o velejador, a proximidade com Brasília tem tudo para atrair os praticantes de vela da capital federal, um dos principais centros de prática do esporte no Brasil, e despertar os goianos para os esportes náuticos também.

“Nós temos presenciado uma expansão muito grande da vela como opção de lazer, e isso consequentemente desperta o interesse nas pessoas pela modalidade. Já temos diversos clubes especializados muito consolidados no Brasil, e agora precisamos expandir a presença da vela para outros centros. As marinas privadas podem contribuir muito com isso, principalmente ao permitir o contato das novas gerações com o esporte. O Brasil ainda tem um caminho enorme pela frente na disputa dos esportes náuticos, com potencial para conquistar cada vez mais títulos e medalhas”, define o bicampeão olímpico.  

Coordenador técnico da seleção brasileira de vela desde 2013, Torben Grael se prepara agora para comandar a equipe na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho, no Japão. Dono das medalhas de ouro em Atenas, em 2004, e Atlanta, em 1996, ele possui ainda uma prata (Los Angeles, em 1984) e dois bronzes (Seul, em 1988, e Sydney, em 2000). A modalidade é uma das três que mais renderam medalhas ao Brasil na competição internacional, com destaque para atletas como Martine Grael, filha de Torben, e Robert Scheidt. Para Torben, o país tem potencial de sobra para continuar se destacando nas principais competições, e o desenvolvimento dos esportes náuticos no interior do país pode contribuir para consolidar esse cenário.

“Estou muito entusiasmado com essa sinergia entre a Intermarinas e o Escarpas. Em qualquer espelho d’água que comporte o mínimo de navegação, é aconselhável ter uma marina com instalações que ofereçam a estrutura necessária. Estamos planejando uma infraestrutura completa de serviços. O Escarpas poderá contemplar tanto quem busca diversão e lazer quanto quem tem aspirações para uma carreira nos esportes náuticos”, avalia Torben.

Para Klaus “Cacau” Peters, a principal motivação para consolidar a parceria foi o fato de o Escarpas ter uma vocação genuína para a prática esportiva e o ecoturismo.  Chamou atenção da Intermarinas o fato de o empreendimento ser projetado desde o início para proporcionar uma experiência completa em modalidades como vela, esqui aquático, canoagem e remo, entre outras, sempre pautado pela preocupação com a preservação ambiental e o mínimo de interferência possível na natureza. 

“Vamos levar à região do Lago Corumbá IV um padrão de marina equivalente às que já operamos em regiões litorâneas, com o conceito de uma infraestrutura ágil, eficiente, confortável e absolutamente segura. Sem dúvida nenhuma, será um grande diferencial não só para o lago, mas também para toda a região. O prazer de estar em um barco deve começar ainda na marina. Por isso, a estrutura é tão importante. E uma coisa que nos colocou em muita sintonia com o Escarpas foi o fato de o empreendimento ter um perfil muito voltado para a prática esportiva. Sentimos um compromisso muito grande por parte dos incorporadores em proporcionar toda a experiência voltada para o esporte”, enfatiza Klaus.

Torben também ressalta a importância da interiorização na prática da vela e de outros esportes náuticos. Apesar de a prática ainda estar muito associada às cidades litorâneas, em especial o Rio de Janeiro, Torben destaca que muitos centros importantes já se destacam em localidades como a Represa de Guarapiranga, em São Paulo, o Lago Paranoá, em Brasília, e o Circuito do Lago Três Marias, na região central de Minas Gerais. Pelas dimensões grandiosas, com 173 quilômetros quadrados de área alagada, o Lago Corumbá IV também tem muito potencial para se juntar a este cenário.

“A vela é um esporte completamente ligado à natureza, o que se encaixa perfeitamente ao Lago Corumbá IV e à proposta do Escarpas. É muito importante fomentar essa cultura náutica no interior do Brasil. Nosso país tem muitos reservatórios, barragens e lagos artificiais que são totalmente favoráveis à navegação. Muitos deles, inclusive, são maiores do que as baías naturais que temos. Então, nada mais natural do que esportes como a vela e a canoagem se desenvolverem nestes lugares”, frisa o velejador.

O desenvolvimento dos esportes náuticos e a oferta de serviços ligados à navegação também causam impacto positivo nas economias locais, como destaca Torben. “Há uma enorme gama de serviços agregados que são movimentados por uma marina: abastecimento, manutenção de motores, pintura, parte elétrica, limpeza das embarcações. Temos ainda a organização de competições e eventos, a demanda por pilotos particulares, entre diversos outros. Então, há uma oportunidade muito grande para se desenvolver a economia local em torno desse segmento”.

De acordo com a Associação Brasileira de Barcos (Acobar), as vendas de barcos e embarcações de R$ 535 mil a R$ 1,8 milhão apresentaram um crescimento de 20% em 2020, se comparado ao ano anterior. O aumento é também reflexo dos novos hábitos forçados pela pandemia da Covid-19 e o isolamento social, que despertou o interesse por opções de esporte e lazer que não provocam grandes aglomerações. Segundo Klaus “Cacau” Peters, o setor náutico envolve diversos outros segmentos e tem potencial para alavancar economias locais.

“Este setor tem a peculiaridade de ser dominado por pequenos e microempreendedores especializados. Então, o impacto local é muito grande, pois envolve principalmente pessoas que atuam diretamente naquela determinada região. Há a geração de empregos diretos, em postos como o de mecânico e marinheiro, por exemplo, e também os indiretos, que são representados por toda uma cadeia que se forma em torno da marina, composta por hotéis, restaurantes e lojas. A marina é um motor de vários negócios ligados à navegação”, conclui Klaus.

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Medalhista olímpico, Torben Grael - Foto: Carlos Borlenghi

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Lago Corumbá - Foto: Láira Machado

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