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Com reabertura do comércio, esse tipo de imóvel registrou aumento de demanda a partir do segundo semestre do ano
Dayse Luan - Comunicação Sem Fronteiras
21 de dezembro de 2020
O número de empresas abertas no Brasil cresceu, enquanto o fechamento caiu de janeiro a agosto, comparado com o mesmo período do ano passado. Segundo o boletim do 2º quadrimestre do Mapa das Empresas, divulgado em setembro pelo Ministério da Economia, em oito meses foram abertas 2,152 milhões de empresas, aumento de 0,5% em relação a igual período de 2019. Já o número das fechadas chegou a 682.750, com queda 14,5%. Todos os números tiveram influência da pandemia do novo coronavírus.
E esses dados refletem no mercado imobiliário, a gerente comercial da URBS Imobiliária, Gyselle Rodrigues Campos, explica que houve um crescimento de locação por imóveis comerciais em Goiânia. “Esse aumento se deu principalmente com o início do segundo semestre, para atender a demanda reprimida dos meses de retração devido a pandemia”, afirma. Dados levantados pela especialista, mostram que houve um decréscimo de 41% dos fechamentos comerciais em comparação do primeiro com o segundo trimestre de 2020.
Já no terceiro trimestre de 2020, houve um crescimento de 342% em relação ao trimestre anterior. “Os números refletem bem a transição do cenário antes da pandemia, do isolamento social, do fechamento de quase tudo com os decretos, em seguida, a abertura parcial do comércio e a liberação das atividades, seguindo os protocolos sanitários. Uma demanda reprimida que gerou um aumento na procura atual e estamos trabalhando para atender”, salienta Gyselle.
Ela destaca ainda que a pandemia está influenciando na escolha dos imóveis a serem locados. “Hoje sentimos que as empresas estão buscando maior conforto e lugares maiores para ter mais distanciamento entre as pessoas. Segmentos como bares procuram imóveis com algum ponto ao ar livre. Além disso, como esse momento deixou muitas pessoas estressadas, as empresas estão procurando imóveis para fazer um espaço de descompressão, onde os colaboradores possam relaxar um pouco, se desconectar e revigorar as energias”, revela a gerente comercial da URBS Imobiliária.
Setores
Segundo o levantamento do Mapa das Empresas, o setor de serviços responde por 46% das empresas em funcionamento no País, seguido pelo comércio com 35,21%. O comércio varejista de vestuário e acessórios liderou a criação de empresas no segundo quadrimestre do ano (entre maio e agosto), com 68.711 novas corporações. Na sequência, vem a abertura de 51.153 organizações de promoção de vendas. Outras 43.378 empresas foram abertas para o fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar.
Gyselle Campos revela ainda quais os segmentos que mais encerraram os alugueis no período. "Neste terceiro trimestre o maior fechamento foram de consultórios de psicologia, escritórios de contabilidade, de advocacia, de investimentos, clínicas de odontologia, depósitos e distribuidoras, empórios e centros de estética e beleza”, destaca a gerente comercial da URBS sobre levantamento realizado entre os imóveis locados pela imobiliária.
Um exemplo desse fluxo de locação comercial que voltou a crescer no segundo semestre é do empresário e especialista em governança corporativa, Marcelo Camorim, que se mudou recentemente para um novo escritório, localizado no Jardim Goiás. Ele havia fechado o antigo escritório situado em um Centro Empresarial, na Avenida Rio Verde, em Aparecida de Goiânia, logo no início da pandemia e passou a trabalhar em home office e, com a liberação para a reabertura, decidiu se mudar em razão da localização e para diminuir custos, já que precisou reduzir a equipe ao longo desse tempo.
“Eu estava procurando um local para alugar e instalar meu escritório em Goiânia e um amigo ofereceu uma sala que ele aluga para compartilharmos. Para mim foi ótimo, pois estou bem localizado, em um prédio moderno e tive uma economia de cerca de 50% dos gastos que possuía com o imóvel anterior”, salienta ele, que trocou uma sala de 120 m² por uma de 70 m² em agosto deste ano. O consultor, com ampla atuação empresarial em Goiânia e São Paulo, comenta que a alta das locações de salas comerciais é uma tendência. “Percebo que as locações comerciais estão em alta. As pessoas estão vendo que a vida tem de seguir, mesmo com o coronavírus, e a sociedade tem que se adaptar”, ressalta.
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