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Comodidade para o dia a dia ditará os lançamentos imobiliários que conquistarão o consumidor de imóveis nas médias e grandes cidades. Tendências foram discutidas em Goiânia, durante encontro com destaques nacionais do setor
Raquel Pinho
15 de dezembro de 2021
O mercado imobiliário não é mais tijolo, areia e cimento. Ele tem de agregar tecnologia e gerar experiências. Os edifícios que se resumem em ser simplesmente espaços físicos são analógicos e vão perder lugar para os prédios inteligentes, conectados a soluções. Esses são os insights feitos por nomes com expressão nacional do setor, que estiveram em Goiânia para participar do Open House Pocket, evento que discutiu o mercado imobiliário do futuro durante um dia de imersão no K Hotel. Participantes de vários estados, como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sergipe, além dos goianos, estiveram presentes.
Um deles foi o empresário Alexandre Frankel, que se tornou notório no País ao lançar os imóveis mais compactos do País, que chegaram ao recorde de 10 metros quadrados (m²). Agora, ele está se dedicando a um novo negócio disruptivo: os imóveis por assinatura, uma nova tendência que ele enxerga ser o futuro da moradia. O serviço, que já está sendo chamado de “netflix do setor imobiliário”, funciona em sistema pré-pago, permite a locação do imóvel decorado em poucos minutos, tudo por aplicativo, sem necessidade de fiador ou qualquer burocracia.
“A gente oferece a flexibilidade de a casa acompanhar a vida das pessoas. Se ela se muda de cidade, basta acionar o aplicativo e escolher seu novo lar. Se quer se mudar para mais perto do novo emprego ou escola do filho, idem. Ela pode também fazer um test live [em analogia ao test drive], que seria mudar para o local e ficar um mês para saber se irá se adaptar à vizinhança, por exemplo”, exemplificou.
A empresa lançada por ele com esse propósito, a Housi, foi lançada em 2019 e já está em 15 estados. O foco do negócio é se tornar parceira de incorporadoras que desejem lançar um projeto voltado à locação que, segundo Alexandre, vai superar o de compra em 14 anos. “A construtora faz o hardware, e nós somos o software”, compara.
Outro palestrante, Gustavo Zanotto, CEO da Beemob, primeira plataforma de parcerias imobiliárias do Brasil, salientou que a experiência do usuário virou o cerne dos imóveis. Projetos que facilitem a mobilidade, em que os moradores “acessem tudo o que precisam em 15 minutos”, e a personalização do imóvel serão atributos cada vez mais exigidos pelo público, segundo ele. Mas mudanças mais profundas ainda acontecerão, que incluem a venda de espaços no mundo digital. “O metaverso irá criar um universo infinito de possibilidades de projetos de espaços que serão usados pelas pessoas”, considerou.
Para o organizador do evento, o especialista em desenvolvimento imobiliário Cleberson Marques, o objetivo do Open House foi questionar o status quo do mercado imobiliário e criar um ecossistema que favorece a inovação, o networking e os negócios. “Essa foi a versão pocket do evento, que continuará acontecendo em versões maiores para promover a interação e a troca de experiências entre os players do setor imobiliário”, disse ele, ao lado do especialista em marketing digital, Gleybiony Camargo, também organizador da iniciativa.O evento foi transmitido pelo seu canal no YouTube.
Novo comportamento
O compartilhamento de informações também é uma tendência dos negócios contemporâneos. Diferentemente do passado, em que os empresários guardavam suas melhores ideias a sete chaves, por entenderem que ali estava sua galinha de ovos de ouro, os empresários terão de assumir um novo comportamento.
“O próximo concorrente não será o direto, mas será talvez de um outro mercado. Quando os empresários se unem, compartilham suas dores e acertos, eles se tornam muito mais fortalecidos”, considerou Sérgio Langer, que se tornou conhecido através do poadcast Vem pra mesa, em que entrevista os mais notórios empresários imobiliários.
“Se um ecossistema inteiro cresce, as empresas também crescem”, complementou Luiz Candreva, head de inovação da Ayoo.Future. Ele citou o exemplo da Tesla, quando desenvolveu o carro elétrico: imediatamente após o lançamento, ela abriu as patentes da bateria para gerar aumento do mercado de carros elétricos e acelerar o processo. “Compartilhar é fundamental, não dá para afastar os competidores mais”, completou.
Ele lembrou que eventos como o Open House, que se propõem a falar do futuro, acabam sendo uma oportunidade de se abstrair do presente, onde normalmente as empresas mantém seu foco, para olhar um pouco mais ao horizonte e tentar vislumbrar para onde o mercado está indo, e assim buscar a longevidade. “As mudanças serão cada vez mais a regra e o futuro será de quem sabe navegar e ficar confortável no caos”, salientou.
Confira as presenças do evento
Fotos: Matheus Vaz
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