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Após o período eleitoral, especialistas apontam que o próximo ano será de otimismo com fortalecimento de programas de incentivo à moradia e obras de infraestrutura
Laura Braga - Comunicação Sem Fronteiras
14 de novembro de 2022
Com a definição do cenário político do Brasil, o mercado imobiliário prevê um 2023 positivo para o setor. Passado o período eleitoral, as atenções já estão focadas no futuro e na projeção de retomada do segmento.
Especialistas apontam que a demanda por moradias continuará elevada, e há expectativa que, no próximo ano, a taxa básica de juros volte a cair, bem como a retomada dos programas de incentivo à moradia, como o Minha Casa, Minha Vida e obras de infraestrutura. A análise foi feita durante o encontro URBS Hub para cerca de 350 corretores de imóveis. O evento foi promovido pelo Grupo URBS, com o instituto de pesquisas Brain Inteligência Estratégica, em 7 de novembro, no Teatro da PUC-GO, em Goiânia.
De acordo com o sócio e diretor do Grupo URBS, Ricardo Teixeira, apesar das conturbações e incertezas do período eleitoral, o ambiente era previsível, já que os dois candidatos mais bem avaliados eram conhecidos do mercado imobiliário. Ele também aposta nas premissas do mercado imobiliário para a continuidade do sucesso do segmento. “O crescimento populacional, bem como o crescimento da população economicamente ativa, tudo isso gera demanda para o mercado imobiliário, pelo menos, até 2050”, afirma.
Porto seguro
Dados de outubro da Brain Inteligência Estratégica apresentados no evento mostram que a intenção de compra de imóveis após o período eleitoral mantém a média dos índices registrados nos meses anteriores. Conforme a pesquisa, dos interessados em comprar um imóvel, 86% optam pelo uso próprio, enquanto 18% querem investir.
De acordo com o consultor comercial da empresa de pesquisa no Centro-Oeste, Anderson Gonçalves, diante de períodos de instabilidade econômica, os imóveis se tornam o principal produto, já que não apresentam volatilidade. Segundo ele, o ano de 2023 deve ser bastante promissor para o segmento, em diversos aspectos.
“No mês de outubro, por exemplo, já após o período eleitoral, registramos índice de 5,8% na intenção de compras, o que demonstra uma continuidade do que vimos nos últimos meses. Mas para 2023, também são esperados o retorno de programas como o Minha Casa, Minha Vida, obras de infraestrutura, além de toda a cadeia produtiva, com projetos de baixo e médio padrão, que consequentemente movimentam toda a construção civil. A expectativa é que 2023 seja um bom ano para o mercado imobiliário”, conta ele.
Ainda segundo Gonçalves, outro ponto importante de destaque para o mercado imobiliário são os empreendimentos comerciais que apresentam uma curva crescente de valorização e procura, bem como os produtos verticais, seja pela oportunidade de compra ou pela realidade econômica.
“Quem trabalha com vendas tem que estar preparado para tudo. Passamos pelo período das eleições, mas agora o trabalho é o de reverter as intenções de compra, estimular o mercado em todas as suas faixas de renda e possibilidades. Temos um leque de oportunidades, principalmente, com a ajuda da internet. Às vezes, o cliente está esperando um contato, uma ligação para efetuar a compra”, reforça.
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