O isolamento social tem nos feito perceber o quanto nossa casa pode influir em nossa qualidade de vida. Ao passar mais tempo em casa, cada cômodo vem sendo observado com maior nível de detalhes acerca de sua eficiência, praticidade e conforto.

A moradia em que vivo hoje realmente atende minhas necessidades? Consigo montar um home office? A casa é bem iluminada e ventilada ao longo do dia? A varanda faz falta ou é um luxo dispensável? O prédio onde moro oferece a conectividade, tão necessária para os dias atuais? A área comum está preparada para receber as entregas dos serviços delivery, que chegaram para ficar? Tais questionamentos são importantes premissas para se pensar os projetos arquitetônicos de hoje.

Com a quarentena, mesmo sem serem estimulados, os moradores de uma residência puderam naturalmente perceber melhor a importância de cada detalhe da casa. Com isso, ganha relevância o conceito Wellness & Lifestyle Real Estate, que é o estímulo à projeção de “lares mais saudáveis” que vinha sendo desenvolvido pelo mercado imobiliário.

Estudo nacional feito pela  Brain Inteligência Estratégica em abril, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizada com 600 consumidores,  já aponta que a cada 10 consumidores, pelo menos um declarou que a pandemia já está levando-o a pensar melhor no tipo do imóvel que pretende comprar. Presença de varanda no imóvel, residência maior, mais segurança e melhor custo-benefício do imóvel foram itens citados como fundamentais ou diferenciais importante nesse novo momento mundial.

A boa notícia que é Goiânia vem sendo vanguarda em lançamentos que já incluem o conceito de bem-estar. Temos, por exemplo, empreendimentos que oferecem grandes praças internas de convivência, outros contam horta e pomar comunitários. Home office compartilhado, sistemas de segurança inteligentes e varandas mais espaçosas também já são itens de série dos novos apartamentos.

Não é  por acaso que a capital goiana é considerada uma das melhores cidades para se viver. Além de ser destaque na arborização e presença de parques, a qualidade de vida também inclui a qualidade dos ambientes privativos e, nesse aspecto, o mercado imobiliário local tem demonstrado um grande comprometimento com essa missão. 

*Camila Inácio é arquiteta e gerente de empreendimentos da Consciente Construtora