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Número de empresas que investem em auditorias cresce 35% em uma década

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Especialistas destacam que iniciativa é fundamental para que empresas demonstrem a solidez dos balanços e geram mais confiança e credibilidade para empresas auditadas

Luiz Fernando Rodrigues - Comunicação Sem Fronteiras

12 de maio de 2022

A transparência e a confiabilidade das informações das empresas têm ganhado cada vez mais espaço e são levadas em consideração por investidores, clientes e fornecedores. Segundo o estudo “A Governança Corporativa e o Mercado de Capitais”, elaborado pelo ACI Instituto Brasil e o Board Leadership Center, da KPMG, as práticas de governança corporativa tiveram um significativo aumento em um prazo de 10 anos. O número de companhias que fazem auditorias internas pesquisadas passou de 50% em 2010 para 85% em 2020.

E algumas empresas têm se antecipado para conquistar a certificação de auditorias para demonstrar a solidez de seus números. Em Goiânia, por exemplo, o World Trade Center (WTC) Goiânia foi o primeiro empreendimento a receber a conclusão da auditoria da KPMG, considerada uma das quatro gigantes internacionais de auditoria. De acordo com o controller Vitor Faustino, a palavra-chave que define essa ação é a confiabilidade para os diversos personagens que envolvem a construção civil. 

“A auditoria é uma forma de passar a informação aos clientes, bancos e fornecedores de que a saúde financeira retratada nos relatórios é verdadeira e, dessa forma, aumentar a confiabilidade desses stakeholders em relação ao que está sendo feito nas empresas”, destaca Faustino, da Consciente Construtora e Incorporadora, construtora que atua no desenvolvimento e na construção do WTC Goiânia.

Ele alerta que as empresas que não passam por auditorias correm o risco de não receber investimentos. “Antes, apenas multinacionais faziam esse processo, mas, com o passar do tempo, as empresas viram que o mercado está cada vez mais atento quanto à reputação e a credibilidade das informações que são repassadas para os parceiros e investidores”, completa o controller, que destaca ainda Goiânia como uma das principais cidades alvos de fundos de investimentos no Brasil atualmente.

O próprio WTC Goiânia é exemplo de atração de investimentos em Goiânia. O complexo vai ser o segundo da rede internacional a ser construído no Brasil e busca atrair o olhar de investidores e internacionalizar as marcas goianas. Para o CEO do WTC Business Club no Brasil, Leonardo Figueiró, o novo empreendimento tem condições de colocar a capital goiana no mapa dos negócios internacionais. “As possibilidades de negócio são ilimitadas. Quando o WTC chega a uma cidade, traz toda uma rede de serviços, que é o Business Club, que promove networking, internacionalização de negócios e geração de conteúdo. A cidade vai ser integrada a essa rede e mostrar para o mundo inteiro o que a região tem a oferecer. Muito mais do que um empreendimento imobiliário, o WTC é uma rede que estimula a geração de negócios e a atração de investimentos”, ressalta.

 

Auditorias no mercado financeiro

De acordo com o especialista em mercado financeiro, Maurício Vono, as empresas que já fazem parte da bolsa de valores são obrigadas a ter uma auditoria independente para garantir a veracidade das informações, balanços e demonstrativos financeiros. “É uma forma de o mercado compreender que os dados passados pela empresa não apresentam erros ou maquiagens e, consequentemente, minimizar os riscos de investimentos”, explica Vono, que também é planejador financeiro.

Ele ainda ressalta que essa iniciativa tem se tornado cada vez mais rotineira entre as empresas que buscam a validação de suas informações para demonstrar credibilidade para o mercado, mesmo entre aquelas que não estão na bolsa de valores. “Esse investimento em auditoria independente mostra que a empresa tem boa intenção e, até mesmo aqueles que buscam financiamentos com bancos, conseguem demonstrar que apresentam menos riscos para essas instituições”, completa Vono.

No caso do WTC Goiânia, a KPMG apresentou um balanço sem ressalvas após avaliação. Segundo o supervisor de contabilidade da Consciente, Vinícius Alves, por conta da pandemia, o processo de auditoria foi feito de forma remota para análise dos documentos e visitas e reunião virtual com alguns colaboradores da empresa. “Também aconteceu algumas visitas no escritório e no canteiro de obras do WTC. Isso mostra que a conquista dessa auditoria sem ressalvas é resultado do envolvimento de todos os colaboradores envolvidos na construção do empreendimento”, comemora Vinícius.

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