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Para onde estamos indo?

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Com a velocidade das mudanças, é necessário adaptação.  É preciso entender que, se é um risco passar essa transformação tão intensa, é também uma mega oportunidade e entender quais drives irão nos levar para aproveitar as oportunidade e aumentar nossa relevância

Cleberson Marques

11 de abril de 2022

A revista americana Forbes divulgou recentemente que os diferenciais competitivos duravam 30 a 40 anos, na década de 1990. Hoje, duram apenas três. Significa dizer que, se um profissional passaria por duas ou três transformações durante sua carreira, hoje irá passar por 15 a 20.

Isso significa que a mudança, com o desconforto e o caos que a acompanham, é cada vez mais a regra. Mas, a verdade é que a gente não gosta da mudança, o ser humano vive na inércia. Será que, ao invés de tentar impedir que onda chegue na praia, não seria melhor a gente aprender a surfar?

Com a velocidade das mudanças, é necessário que a gente se adapte e lute contra a nossa natureza.  A gente tem de entender que, se é um risco passar essa transformação tão intensa, é também uma mega oportunidade e entender quais são os drives irão nos levar para aproveitar as oportunidade e aumentar nossa relevância.

Por isso, em que pese o tema “futuro” estar um pouco desgastado, traçar probabilidades de cenários que virão  é importante para os negócios. No dia a dia, as empresas olham muito para o hoje - e isso não está errado - elas precisam buscar os resultados de agora. Mas é necessário também a gente se abstrair e olhar um pouco mais no horizonte para saber para onde está indo, para ter longevidade. 

No passado, as empresas guardavam suas melhores ideias em uma caixa para blindá-las da concorrência. Mas agora, elas compartilham. A Tesla, por exemplo, quando desenvolveu o carro elétrico, a bateria era o santo graal do carro elétrico. Mas ela, imediatamente, abriu as patentes para gerar aumento do mercado de carros elétricos e acelerar o processo. Normalmente, a empresa que tem essa postura continua dominando o mercado. 

Compartilhar é fundamental, não dá para afastar os competidores mais, pois o próximo concorrente não será o direto, mas provavelmente de um outro mercado. Quando os empresários se unem, compartilham suas dores e acertos, eles se tornam muito mais fortalecidos. Quanto a maré está boa, todos os barcos sobem juntos. 
 

*Cleberson Marques é engenheiro e atua na área de inovação tecnológica, focado na criação de negócios imobiliários de alto impacto

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