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Acostumados a ver do alto o mega empreendimento que está sendo construído na cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, profissionais da aviação visitaram o canteiro do Antares
Anderson Costa - Comunicação Sem Fronteiras
13 de setembro de 2022
A construção do Antares Polo Aeronáutico, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia, foi inspecionada por cerca de 40 pilotos profissionais no último dia 1º de setembro. Muitos deles, que já conheciam o local do alto, puderam conferir in loco vários detalhes desse mega empreendimento, que será o maior do Centro-Oeste no setor.
“Quisemos trazer esses profissionais, que diariamente trabalham com estruturas aeroportuárias em diversas cidades brasileiras e também fora do país, para que eles tenham uma noção do que estamos fazendo aqui, das novidades que estamos implantando e para que conheçam o rigor e a qualidade técnica desse projeto”, afirmou Rodrigo Neiva, anfitrião da visita e diretor comercial do Antares.
Acompanhado também pelo engenheiro responsável pela obra, Breno Luiz Rojas, os pilotos percorreram primeiramente as áreas de hangar e taxiways. Depois conferiram as obras de terraplanagem nas cabeceiras 31 e 13 e, por último, conheceram o espaço onde será o pátio de aeronaves e o terminal de passageiros, que terá capacidade para 90 pessoas por hora.
O piloto Ângelo Costa Pucci, mais conhecido como comandante Pucci, que acumula mais de meio século de experiência na aviação, participou das vistorias. “A nossa região, como está no centro do País e há tendência de abrigar os hubs das grandes empresas áreas, estava precisando de um projeto como esse, que representa uma pujança para o Estado de Goiás e um avanço importante para toda a aviação do Brasil”, pontuou o comandante, que dedicou grande parte da vida a pilotar pelos céus de Goiás.
Para Ângelo, o empreendimento representa uma oportunidade enorme aos empreendedores da aviação. “Pela estrutura que está sendo feita aqui, dentro desse segmento da logística como cargas fracionadas e operações dos Correios, por exemplo, você vê que o Antares está numa área extremamente estratégica. Então eu vejo com muito otimismo esse empreendimento que, acredito eu, irá dar um impulso muito grande para aviação em Goiás, no Centro-Oeste e também no Brasil”, concluiu o comandante.
Expansão necessária
Com mais de 20 anos de atuação na aviação executiva, o piloto e empresário Klézio Marinho, ou comandante Marinho, afirmou durante a visita às obras do Antares que a necessidade de expansão aeronáutica é algo muito evidente no Brasil e que é sempre importante ter novas opções com mais vantagens operacionais. “O Antares oferece muitas dessas vantagens. Nesse tour que fizemos aqui, vi que as obras estão a pleno vapor. Vimos que no projeto a capacidade de PCN da pista é bem abrangente e adequada a vários tipos de aeronaves”, pontuou o comandante.
O PCN, a que se referiu Klézio Marinho, é o Número de Classificação do Pavimento ou o cálculo que avalia a condição estrutural das pistas de pouso e decolagem em aeroportos, para assegurar a integridade da mesma, bem como a segurança operacional das aeronaves que podem operar no aeroporto. No projeto do Antares o PCN será de 43, índice que juntamente com as dimensões da pista do aeroporto, que terá 1,8 quilômetro de extensão e 45 metros de largura, possibilitará que o terminal receba aeronaves do porte de um Boing 737 800, por exemplo.
Logística
Marinho também pontuou algumas melhorias feitas no projeto do Antares neste ano. “Houve melhorias importantes no projeto como um espaço maior para o taxiway e para estacionamento de aeronaves. Portanto, ficamos bem empolgados com o que vimos aqui, podendo o Antares abrigar um possível braço operacional da nossa empresa num futuro não muito distante”, revelou o piloto e empresário, que atualmente está envolvido num ambicioso projeto de desenvolvimento de uma aeronave certificada em 100% nacional.
Marinho também destacou a localização privilegiada de Goiás, o que segundo ele, agrega ainda mais ao empreendimento. “Goiânia é hoje o coração do país e logisticamente atende bem o sudeste, sul, nordeste e norte do país. Portanto, o escoamento da produção por Goiás é algo que eu percebo que será muito efetivo no futuro breve. Por causa desse mercado de serviços de logística, há uma conexão forte do empreendimento com empresas de peças e manutenção”, ressaltou.
Formação de pilotos
Formado pela antiga Escola Eliete de Aviação e com 45 anos de experiência na aviação, o piloto e instrutor Eduardo Gregoris também avaliou o Antares como uma grande alternativa para aviadores e empresários. “É uma ótima opção de aeroporto para a aviação executiva e também para os empresários terem seu próprio hangar e não ficar dependendo de hangares de terceiros. Muitas vezes o preço de locação é muito alto e os aeroportos públicos [muitos sendo privatizados atualmente] têm muita burocracia”, afirmou o comandante Gregoris.
O piloto também avaliou como excelente a possibilidade do Antares abrigar um centro de formação de pilotos e de outros profissionais da aviação. “Temos hoje a escolinha de aviação do Aeroclube de Goiânia, mas trazer para essa estrutura que é oferecida pelo Antares seria muito melhor realmente. Pois você conseguirá oferecer um treinamento mais específico”, afirmou o comandante e instrutor.
Ele também destacou a qualidade técnica do projeto e suas inovações. “O aeroporto será muito moderno e muito bem equipado. Quem sabe, com o tempo, podemos ter aqui uma aduana (ponto de alfândega) com licenciamento para voos internacionais. Seria bem mais fácil do que depender somente do [aeroporto] Santa Genoveva”, sugere.
Sobre o Antares
Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e a RC Bastos Participações, o empreendimento vai ocupar uma área de 209 hectares e deve atrair empresas de táxi-aéreo, serviços aeromédicos, manutenção aeronáutica de pequeno médio e grande porte, logística fracionada e de grande porte, aviação regional, aviação agrícola, hangaragem e escolas para formação de pilotos. A expectativa é atrair também empresas para a estrutura de apoio do polo aeronáutico como restaurantes, hotéis e indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas.
Os futuros proprietários de áreas no Antares Polo Aeronáutico contarão com 100% de segurança jurídica e patrimonial, já recebendo o lote com escritura, uma vez que não se trata de concessão pública e área. O Antares oferece 20 anos de incentivos fiscais no Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (ITU) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O empreendimento contará também com terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), área para Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral, que poderão adquirir áreas para se instalarem dentro do sítio aeroportuário.
O projeto do Antares será construído em cinco fases. A primeira etapa deve ser concluída em 2024 e prevê a entrega da pista de pouso, área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e área fechada com portaria monitorada. Para quem precisa de um terreno maior, o Antares possui áreas com mais de 100 mil m² disponíveis.
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