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Mesmo com turismo religioso afetado pela pandemia, cidade continua com expansão imobiliária e crescimento populacional
Túlio Moreira / Comunicação Sem Fronteiras
29 de abril de 2021
Antes da pandemia do novo coronavírus, a festa do Divino Pai Eterno costumava atrair, em média, três milhões de visitantes à Trindade, entre os meses de junho e julho. A cidade, que se formou e cresceu em torno da fé, viu uma de suas principais vocações ser afetada diretamente pelo isolamento social e o cancelamento de grandes eventos. No entanto, o município continua firme e forte em outras áreas, principalmente no desenvolvimento da indústria e na expansão imobiliária.
Não por acaso, a cidade é uma das que apresenta maior crescimento populacional em Goiás. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade passou de 104.488 habitantes em 2010 para 129.823 habitantes em 2020, o que representa um aumento de 24,2%. No mesmo período, a taxa de crescimento populacional do Estado de Goiás foi de 15,5%. Trindade é, atualmente, a terceira maior cidade da região metropolitana, atrás de Goiânia (1 milhão e 500 mil habitantes) e Aparecida de Goiânia (590 mil habitantes).
O secretário de Indústria e Comércio do município, Gustavo Luiz de Queiróz, destaca que, apesar do enfraquecimento temporário do turismo religioso, que só deve retornar com força total após a imunização de parcela considerável da população, Trindade continua se destacando em diversos setores, com ênfase para o mercado imobiliário e a construção de residenciais e bairros planejados.
“As raízes de Trindade estão na fé e na devoção ao Divino Pai Eterno. Estamos otimistas que, em breve, poderemos fazer a retomada do turismo religioso. Apesar disso, Trindade é uma cidade que está em pleno crescimento. A expansão imobiliária é muito forte, com construtoras lançando condomínios, loteamentos, residenciais e complexos de lazer. São investimentos na ordem de milhões de reais, que movimentam muito a economia da cidade”, destaca o secretário.
Um dos empreendimentos de destaque na cidade é o loteamento planejado Jardim Alta Vista, localizado entre as GO-060 e GO-070. Com 466 mil metros quadrados, o empreendimento tem capacidade instalada para receber mais de 3.200 mil moradores nos seus 800 lotes, com tamanhos a partir de 250 metros quadrados. Gustavo Queiróz ressalta que todos os lançamentos imobiliários na cidade seguem os requisitos básicos de um bairro planejado, com luz elétrica, saneamento, asfalto e ponto de ônibus, entre outros.
“O crescimento populacional, quando desordeiro, pode desencadear sérios problemas em qualquer cidade. Então, temos uma série de requisitos a serem cumpridos para aprovar e licenciar novos empreendimentos. As novas construções devem ser feitas com rigor técnico, para que o crescimento da cidade seja organizado”, avalia o secretário.
No caso do Jardim Alta Vista, a primeira fase de construção da infraestrutura, que já está em andamento, abrange todo projeto de drenagem subterrâneo de águas pluviais. Em seguida, as obras continuarão com a implantação da rede de distribuição de água tratada e a rede elétrica com iluminação pública e por fim, a pavimentação das ruas do loteamento.
O secretário de Indústria e Comércio destaca que o crescimento imobiliário vem acompanhado de novos negócios e atividades na economia local. A cidade está ampliando a criação de polos tecnológicos e parques industriais, além de continuar os investimentos em áreas como agropecuária, agricultura familiar, confecção e gastronomia.
A economia goiana, puxada principalmente pela indústria e construção civil, conseguiu atravessar as turbulências provocadas pela pandemia em 2020 de forma bastante positiva. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério da Economia, a indústria liderou a geração de empregos no Estado no ano passado, com saldo de 11.258 postos de trabalho no acumulado de janeiro a novembro, e a construção civil apareceu logo em seguida, com 9.190 vagas criadas neste período.
“A iniciativa privada ocupa um importante papel em todo este contexto. O poder público precisa andar de mãos dadas com a iniciativa privada, então adotamos políticas públicas de parceria e apoio, para atrair investimentos. Quando isso acontece, quem ganha é a comunidade, com a geração de emprego, renda, e o fomento do turismo”, afirma Queiróz.
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