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Profissionais passam a ser guardiões dos trabalhadores na prevenção à Covid-19

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Em 27 de novembro se comemora o Dia do Técnico de Segurança do Trabalho, profissão que ganhou ainda mais destaque com a pandemia. Eles monitoram e orientam os trabalhadores acerca do cumprimento das medidas protetivas à Covid-19 

Luiz Fernando Rodrigues

27 de novembro de 2020

Garantir a segurança no ambiente de trabalho. Esse é o principal objetivo do Técnico de Segurança do Trabalho (TST), profissão que ganhou ainda mais importância durante o período de disseminação da Covid-19 no Brasil por ser responsável por garantir a saúde ocupacional e a segurança sanitária no ambiente de trabalho. 

Um exemplo é o técnico de segurança do trabalho que atua na construção civil, Juarez de Campo Castro. Ele é responsável por garantir a segurança de cerca de 170 trabalhadores na obra do residencial Porto Dourado, construído pelo Grupo Toctao na região da GO 040, em Goiânia. Segundo ele, além de todos os cuidados que já tinha antes da pandemia, como ficar atento aos possíveis riscos aos funcionários e com o correto uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a pandemia do novo coronavírus fez aumentar significativamente o trabalho dos profissionais de segurança do trabalho nos canteiros de obras. 

Porém, ele se sente gratificado por estar fazendo a diferença na vida de tantas pessoas. “Desde o início do trabalho temos o cuidado de fazer, todos os dias, uma série de perguntas para saber se o colaborador está com sintomas ou se teve contato com alguém que está doente. Também fazemos a aferição da temperatura e monitoramos se todos estão fazendo a higienização corretamente para garantir a segurança de todos na obra”, explica o técnico de segurança do trabalho. “Além disso, fazemos o DDS [diálogo diário de segurança] justamente para repassar todas orientações de segurança para prevenção da Covid-19, sem esquecer de todos os outros assuntos relacionados à segurança dentro do canteiro de obras”, detalha Juarez, que tem seis anos de experiência na área. 

O trabalho do profissional é valorizado pelos seus colegas no canteiro de obras. O engenheiro Uekislei Gomes e Silva destaca que o técnico de segurança do trabalho tem função muito importante dentro de qualquer empresa por orientar e cobrar dos colaboradores ações de segurança desde a higienização das mãos até o uso dos EPIs e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). “Na pandemia, eles ganharam ainda mais relevância por agirem de modo preventivo e evitar ao máximo a possibilidade de contaminação dos trabalhadores pela Covid-19”, ressalta Uekislei.

Para o encarregado administrativo de obras, Geraldo Pereira de Souza, esse profissional é de fundamental importância no contexto da obra, uma vez que verifica todos os procedimentos e segurança. “Ele dá todo apoio desde o momento em que o trabalhador entra na obra. É o típico profissional que muitos acabam não valorizando e até não respeitando chamando de chatos, mas tudo o que eles fazem é para garantir a nossa segurança”, afirma Geraldo. “No dia a dia, eles dão todo o suporte e apoio para o trabalhador com orientações de documentos para exames médicos até controle de vacinação, o que nos dá muita confiança e segurança”, acrescenta.

De acordo com a Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest), existem mais de 430 mil profissionais da área no Brasil e o campo de trabalho é vasto, pois empresas classificadas em maior grau de risco já devem contar com esse profissional quando tiver 50 funcionários. Esse número varia de acordo com a quantidade de trabalhadores e o grau de risco de cada empresa.

Do salão de beleza para o canteiro de obras

Outra profissional da área de segurança do trabalho que escolheu a construção civil para sua atuação é Luciene José Alves de Carvalho, que se formou há 10 anos e desde então, sempre está neste segmento. Luciene decidiu fazer o curso de técnico de segurança de trabalho junto com o marido Jardel Oliveira de Carvalho em busca de mais estabilidade profissional e financeira. Ela trabalhava como manicure e ele como vendedor, ambos de maneira informal, e viram a oportunidade ao observar que o campo de trabalho para técnico de segurança do trabalho estava crescendo. “Eu entrei na área da construção civil e ele, na indústria farmacêutica. Desde então, não mudamos mais”, detalha a profissional, que atua há três anos na MRV e se diz satisfeita com suas conquistas. “Hoje trabalho em uma empresa que me dá todo o suporte para fazer bem minhas funções”, destaca.

Atualmente Luciene fica mais na parte administrativa (protocolar), cuidando dos registros no caso de possíveis afastamentos e atestados médicos, mas também acompanha as atividades na obra esporadicamente e viu seu ritmo de trabalho mudar com a pandemia.  “Hoje, além de cuidar de toda parte de apoio de registros de segurança do trabalho do Centro-Oeste e Tocantins, também sou a guardiã da saúde dos colaboradores das obras da MRV, além fazer todos os lançamentos de atestados médicos, afastamento e acompanhamento  próximo dos profissionais que tiveram a suspeita ou a doença”, explica Luciene. 

Mas, se quer saber se ela trocaria a profissão por outra agora, a resposta é “de jeito nenhum”. Ainda que às vezes seja tida como ‘chata’ por fiscalizar a rotina dos profissionais, ela não desiste da conscientização dia a dia. “Saber que eu tenho condições de ajudar as pessoas me dá uma satisfação muito grande”, afirma Luciene.

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Técnica de segurança do trabalho Luciene Alves - Arquivo pessoal

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Juarez Campos - Arquivo pessoal

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