A prática da engenharia resulta em muito mais do que  obras físicas, como casas, prédios e pontes; ela “impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas, dando forma ao mundo em que vivemos e promovendo o desenvolvimento econômico, social e sustentável”, a observação foi feita pelo deputado estadual Delegado Eduardo Prado (PL), durante sessão solene realizada no Plenários da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), no dia 09 de outubro último, em  referência ao Dia do Engenheiro Civil, celebrado em  25 de outubro. 

O parlamentar também destacou o quanto o setor imobiliário é um motor da economia e alavanca a geração de empregos e renda, ao cumprimentar os engenheiros homenageados, entre os quais estava Francisco Morais.

Na engenharia, Francisco Morais acumula mais de 25 anos de experiência no mercado imobiliário goiano, tendo participação direta no desenvolvimento, construção e lançamentos de grandes projetos imobiliários -  foram mais de 4600 lotes, mais de 840 casas e quase 2 mil apartamentos. Ele é sócio da Remo Incorporadora e da Highpar Investimentos. 

“São mais de 20 empreendimentos que em valores atuais representam uma movimentação de 1,2 bilhões de reais em Valor Geral de Venda (VGV), que impactam a economia, a gestão pública por  meio dos impostos, além do benefício da habitação e transformação do cenário urbano”, conta o engenheiro, que também é autor do livro “Entre Tijolos e Sonhos - Desvendando A Habitação no Brasil”. 

Durante o evento, realizado na Alego, Francisco Morais, ressaltou a realização ter escolhido esta profissão como projeto de vida.   “Ao desenvolver a engenharia, principalmente a habitação, estamos colaborando para o fundamento essencial para a formação de uma família: o lar. Principalmente em nossa empresa, que atende famílias com renda mais baixa, com produtos de qualidade que se  encaixam no orçamento doméstico. É algo gratificante para nós, pois estamos contribuindo para o fortalecimento desta família, valorizando nosso trabalho e impactando positivamente a sociedade”, enfatizou ele. 

Engenharia e desenvolvimento

O estado de Goiás conta com cerca de 20 mil engenheiros civis registrados, conforme dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO), nacionalmente este número ultrapassa 400 mil profissionais e a tendência é de crescimento, por conta da alta demanda por moradias e outras obras de infraestrutura. O déficit habitacional do Brasil totalizou 6 milhões de domicílios em 2022, o que representa 8,3% do total de habitações ocupadas no país. Na comparação com 2019, houve um aumento de cerca de 4,2% no total de déficit de moradias, segundo informações da Fundação João Pinheiro (FJP). 

Para amenizar esse déficit, que se concentra, principalmente, entre as famílias com renda de até dois salários mínimos, a engenharia é fundamental. O engenheiro civil e presidente do Sindicato da Indústria da Construção em Goiás (Sinduscon-GO), Hidebrair  de Freitas, também presente na noite, destacou que a homenagem faz jus aos profissionais que têm esse propósito de planejar e realizar obras essenciais para o desenvolvimento do país. “Nosso déficit habitacional é muito alto e ainda precisamos avançar em diversas áreas como saneamento básico. É um grande desafio que o Brasil tem que enfrentar, o que mostra a grande importância dos engenheiros civis nesta função de construir e gerar melhorias para o País”, destacou ele.