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Aumento é comemorado, mas o foco agora é garantir que novas fontes de crédito se consolidem no País com a estabilização da captação de recursos da poupança
Da redação do ImobNews
24 de julho de 2024
O volume de crédito imobiliário para aquisição e construção atingiu um volume de R$ 149 bilhões no Brasil no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, o que corresponde a um crescimento de 30%, informou a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) na manhã de 24 de julho em coletiva à imprensa. Foram 558 mil imóveis financiados em todo País.
Os recursos para o financiamento de imóveis do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) alcançou a cifra de R$ 67,2 bilhões, um aumento de 75% em razão dos novos aportes do Programa Minha Casa Minha Vida. Já os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) chegaram a R$ 82,1 bilhões, 7% a mais que no período anterior.
Em quantidade de unidades financiadas com os recursos do SBPE, entretanto, o número de unidades financiadas caiu em 5%, o que aponta para um aumento nos preços dos imóveis. A inadimplência está em 1,3%, a menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2005. “Vemos um mercado em crescimento, que está absorvendo o estoque”, acentuou o presidente da ABECIP, Sandro Gama.
Em Goiás, foram 12.311 imóveis financiados, o que envolveu o montante de R$ 3,9 bilhões. Na comparação do primeiro semestre de 2024 com o mesmo período do ano anterior, Goiás teve queda de 19,7% no volume de recursos emprestados para construção e aquisição de imóveis. Em número de unidades, a queda foi de 7,1%.
Para o segundo semestre, que historicamente é mais movimentado que o primeiro, a expectativa é continuar neste ritmo e atingir o crescimento de 7,8% para todo o ano de 2024, quase o dobro do resultado de 2023. “Com as informações atuais, entendemos que a taxa de juros deverá permanecer estável. Além do mais, temos a previsão de um aporte significativo previsto para o Minha Casa Minha Vida”, enumerou alguns fatores.
Funding
Olhando para o futuro, um dos focos da ABECIP neste momento é contribuir para a consolidação de novas fontes de recursos para o crédito e, neste sentido, garantir que a Letra de Câmbio Imobiliário (LIC) e a Letra Imobiliária Garantida (LIG) continuem crescendo.
Isto porque a captação da poupança vem diminuindo e registrou perdas equivalentes a R$ 196 bilhões desde 2021, o equivalente ao volume financiado atualmente. Neste período, ela caiu de 44% para 34% do crédito imobiliário. Enquanto isso, explicou Gama, os recursos da LIC dobrou em dois anos, saindo de R$ 180 bilhões em 2022 para R$ 363 bilhões em 2024
“A poupança continua sendo uma fonte importante e está registrando uma redução dos saques nos últimos meses, mas não deve voltar aos patamares anteriores no funding, que hoje é pulverizado”, disse.
Apesar do bom desempenho da LIC, Gama observou que a regulamentação da Resolução 5.119/24 ampliou o prazo mínimo de vencimento dos títulos emitidos de noventa dias para doze meses, o que gerou uma imediata queda na operação. “O crescimento da LCI até janeiro de 2024 foi de 50%, caindo para 20% após a edição da normativa”, informou
Por isso, um dos esforços da ABECIP é rediscutir o prazo, para assegurar a LIC como uma alavanca do crédito imobiliário que, no Brasil, corresponde a apenas a 9,4% do PIB e, mesmo com o crescimento dos últimos anos, precisa de 40 anos para alcançar o mesmo patamar da Chile.
“Estamos discutindo as alavancas para aumentar o crédito imobiliário sobre o PIB. Temos um instrumento testado pelo mercado e absorvido pelos clientes, a ABECIP destaque que é importante discutir e rever o prazo. Estamos apresentando estas informações para o governo, Banco Central e todos os stakeholders que atuam neste mercado. Todos têm clareza da importância da LCI e os impactos da mudança de prazo”, disse.
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