Depois de dois anos consecutivos com uma variação mensal negativa para o mês de dezembro, o Comércio pode ter fechado o ano de 2024 com um saldo positivo de empregos formais gerados. Segundo dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor gerou até novembro deste ano 358.786 novas vagas de emprego em todo o país. A título de comparação, em todo o ano de 2023, o saldo positivo nacional para o setor foi de 274.917. Para Goiás o saldo acumulado do setor até novembro de 2024 é de 12.464 novos empregos, sendo que em todo o ano de 2023, foram 10.627 novas vagas criadas no comércio. O agrupamento do comércio foi, inclusive, o que mais impulsionou o saldo positivo na geração de empregos formais no Brasil, com a criação de 94.572 novas vagas em novembro.

Mesmo com os desligamentos sazonais no fim de ano, que ocorrem no comércio em virtude das contratações temporárias, a perspectiva é de que haja uma retenção  maior desses temporários e a contratação em alguns segmentos, como o do comércio de materiais de construção. Essa, pelo menos, é a avaliação do diretor geral do Grupo Soares, Ricardo Sousa, que comanda uma holding empresarial que, entre muitos negócios, engloba a rede de lojas de construção Irmão Soares, que está atualmente com 60 vagas de emprego em aberto. 

O empresário vê com otimismo o atual momento do país, com crescimento da economia e estabilidade, e fala de expansão das operações em 2025. “O Grupo Soares pretende expandir e fortalecer todas as suas operações em 2025 e principalmente o comércio de materiais de construção, pois as famílias estão em um momento de se sentirem seguras para construir e reformar. Devemos crescer mais de 20% na Irmãos Soares no próximo ano, sem abrir novas lojas, só investindo em diversas plataformas de vendas e novas tecnologias e para isso já estamos nos preparando e formando nossa equipe”, destaca o executivo. Ele adianta, que entre os investimentos para subsidiar a ampliação das operações está a construção do novo centro de distribuição da empresa, na cidade de Goiânia. As obras devem começar ainda no primeiro trimestre de 2025.  

As oportunidades oferecidas pela rede Irmãos Soares são para diversos cargos como captador e consultor de vendas, ajudante de estocagem, auxiliar de compras, auxiliar de logística, operador de empilhadeira, fiscal de loja, ajudante de expedição, engenheiro, comprador,  etc. As vagas são para trabalhar nas cidades goianas:  Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Itumbiara, Jataí, Trindade, Rio Verde, Caldas Novas e na cidade mineira de Ituiutaba. Para as vagas de ajudante, a escolaridade exigida é Ensino Fundamental. Ensino superior são requisitos para as vagas de engenheiro e comprador. Para as demais vagas, é solicitado que o candidato tenha o Ensino Médio completo e ter experiência na área será diferencial. Interessados devem enviar currículos para vagas@irmaossoares.com.br. Dúvidas pelo whatsapp (62) 9 9608-0582. 

Qualificação é diferencial
De acordo com Ricardo Sousa, que também é diretor da seccional Goiás da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o cenário de empregabilidade é positivo, porém ele ressalta a necessidade de atualização de conhecimentos, para quem se dispõe a trabalhar no comércio nos dias de hoje.

“Fazemos parte de um setor que sente de imediato as mudanças no comportamento do consumidor e o impacto das novas tecnologias. Esses novos recursos digitais aproximam as empresas do público e também agilizaram muito os processos, criando novos processos e formas de abordagens. E quem não estiver familiarizado com esse novo ambiente, pode não se dar bem no comércio, mesmo com as oportunidades surgindo em grande quantidade”, afirma Ricardo Sousa, que também é cientista da computação, especialista em gestão de projetos, finanças, estratégia e recursos humanos. 

De acordo com o diretor do Grupo Soares, recursos como as redes sociais e a inteligência artificial trouxeram uma nova forma de trabalho e novos meios para realizar o atendimento ao cliente, porém elas não dispensam a boa formação e ainda requer muito dos profissionais com outra habilidade fundamental: a inteligência emocional. “Isso tem sido um valor importante para a seleção de colaboradores, que precisam entender todo o processo, mas também saber resolver problemas pontuais e conflitos, propondo soluções para problemas que a tecnologia ainda não consegue resolver”, salienta.